segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Escala KUJALA (Traduzida e Validada)

Artigo publicado na ACTA ORTOPÉDICA BRASILEIRA (Clique aqui), realizou um estudo para validação da escala de Kujala (Scoring of Patellofemoral Disorders), que é usada para avaliar os sintomas subjetivos como dor anterior no joelho e limitações funcionais na Síndrome de desordens patelo-femoral. Os itens avaliados no questionário são subluxação patelar, claudicação, dor, caminhadas, subida de escadas e postura sentada por tempo prolongado com os joelhos flexionados. Tem pontuação de 0 a 100 pontos, onde 100 significa sem dores e/ou limitações funcionais e 0 significa dor constante e várias limitações funcionais. 
Após aplicação da escala traduzida em 40 indivíduos recrutados para o estudo, os autores concluíram que:

"A escala Scoring of Patellofemoral Disorders encontra-se traduzida e adaptada culturalmente para língua portuguesa, tendo como título em português Escala de Desordens Patelofemorais. O processo de tradução e adaptação cultural pode ser aplicado com sucesso em questionários de fisioterapia, gerando instrumentos aplicáveis em língua portuguesa".

VERSÃO FINAL EM PORTUGUÊS

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Protocolos de Reabilitação - PO de LCA


FONTE - TEXTO COMPLETO

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Pronação excessiva associada à dor anterior do joelho

A pronação da articulação subtalar é um mecanismo protetor importante durante a corrida, pois permite atenuar as forças de impacto ao longo do tempo. 
O excesso de pronação é que se torna um problema, possuindo forte relação com lesões nas articulações, principalmente nos membros inferiores (Tartaruga, Tartaruga et al., 2005). Corredores lesados freqüentemente são hiperpronadores (Hreljac, 2005).
O mecanismo que explica como a pronação causaria as lesões não está muito claro. Especula-se que a relação entre a pronação excessiva e a rotação prolongada da tíbia seria o mecanismo causador (Neptune, Wright et al., 2000). Segundo TIBERIO (Tiberio, 1987) uma rotação tibial prolongada durante a marcha, impede a extensão livre do joelho, e para compensar o fêmur roda internamente causando mudanças nas forças de contato da patela gerando com isso desgaste e conseqüentemente dor. LEE et al (Lee, Morris et al., 2003) demonstraram que a rotação da tíbia e do fêmur altera a distribuição de pressão na patela, com a rotação da tíbia aumentando a pressão no lado contralateral e a rotação do fêmur no mesmo lado.
            A hiperpronação não é o único movimento anormal e lesivo realizado pela articulação subtalar. A velocidade máxima de pronação também está relacionada com as lesões do membro inferior, principalmente em situações de fadiga (Tartaruga, Tartaruga et al., 2005). TARTARUGA et al (Tartaruga, Tartaruga et al., 2005) demonstraram que houve um aumento significativo na pronação máxima com o aumento na intensidade de esforço e que um aumento na velocidade linear aumentou a velocidade de pronação, o que os levou a acreditar que a intensidade de esforço pode ser um fator determinante de lesões durante a corrida. GRAU et al (Grau, Maiwald et al., 2008) examinaram 42 mulheres corredoras (21 com tendinopatia patelar e 21 saudáveis) e concluíram que o grupo com tendinopatia apresentou uma velocidade de pronação maior que o grupo controle, além de uma flexão de joelho mais rápida, um amplitude de quadril menor e uma maior adução do quadril.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Prevenção de Lesões nos Esportes

Revisão sistemática publicada na Physiotherapy (2011), avaliou os efeitos de diversas intervenções na prevenção de lesões dos isquiotibiais (ITB) em indivíduos ativos. Os ITB foram escolhidos por se tratar de um músculo muito exigido nos gestos desportivos e ser um local comum de lesões (HOSKINS,2006). São músculos capazes de gerar grandes momentos de força e muito exigidos nos movimentos de desaceleração e aceleração (GARRET,1984).
Apesar da alta incidência de lesões, a eficácia das estratégias de intervenção preventiva não são bem conhecidas, por isso os autores do estudo fizeram um levantamento das melhores evidências publicadas sobre o assunto. Foram incluídos na revisão estudos que analisavam a eficiência de uma ou mais intervenções preventivas em comparação com um grupo controle (placebo).

Efeitos das intervenções:
  • Fortalecimento X Grupo controle: Os resultados dos estudos analisados foram extremamente heterogêneos, sendo que a maioria dos estudos não encontraram nenhuma diferença estatísticamente significativa entre os grupos;
  • Terapia Manual: Poucos estudos analisados. Houve uma "tendência de eficácia", porém sem melhora estatisticamente significativa;
  • Treino de propriocepção X Grupo controle: Os mesmos resultados;
  • Aquecimento e alongamento X Grupo controle: Também não houve diferença significativa;


CONCLUSÃO:
Os autores concluíram que não há evidência suficiente que apoie o uso destas intervenções como forma de prevenção para lesões dos ITB em pessoas ativas. Os achados da terapia manual devem ser melhor analisados em função do número reduzido de estudos.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Obesidade e Alterações Posturais

A obesidade além de ser fator de risco para diversas doenças crônico-degenerativas, está também associada a diversas alterações do aparelho locomotor, entre elas podemos citar aS alterações posturais e a instabilidade vertebral.
Revisão publicada pela REVISTA FISIOTERAPIA E MOVIMENTO buscou analisar as alterações   posturais da coluna, o diagnóstico e o tratamento da instabilidade segmentar vertebral no indivíduo obeso. A hiperlordose lombar, hipercifose dorsal e hiperlordose cervical foram as alterações posturais mais importantes relacionadas à obesidade citadas nos estudos revisados.
O tratamento destas disfunções que se mostrou mais eficiente foi a Estabilização Segmentar Vertebral, que permite a melhora da postura, a restauração da estabilidade vertebral e o alívio da sintomatologia dolorosa.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Escala para Avaliação da Intensidade da Dor

VISUAL ANALOG SCALE (VAS) FOR PAIN:
É uma escala unidimensional largamente utilizada na população adulta. Compreende uma linha horizontal ou vertical de 10 cm (100 mm), limitada por duas expressões em seus extremos: "nenhuma dor" (0) e "pior dor". É pedido ao paciente que marque na linha qual a intensidade da sua dor, sem se preocupar com os números (0,1,2,3...). Com uma régua o clínico mede a distância (em mm) do ponto 0 (zero-"Nenhuma dor") até aonde o paciente marcou, o que dará um score que varia de 0 a 100. Os valores recomendados para interpretação são: 0-4 mm (Nenhuma dor"), 5-44 mm ("dor suave"), 45-74 ("dor moderada") e acima de 75, "dor severa".

NUMERIC RATING SCALE (NRS) FOR PAIN
É também uma escala unidimensional. Apesar de existirem vários tipos de NRS PAIN, a mais comum é aquela com 11 itens. O formato comum é uma linha horizontal, semelhante a VAS, com números de 0 a 10, por isso 11 itens, que também é limitada por expressões em seus extremos: "nenhuma dor" (0) e "dor insuportável" (10). A diferença está no fato de que o paciente deve marcar na linha o NÚMERO QUE CORRESPONDE A SUA DOR, entre 0,1,2,3...10, quanto maior o score maior a intensidade da dor. O instrumento pode ser aplicado também verbalmente, é fácil de administrar e de ser entendido pelo paciente.



terça-feira, 29 de novembro de 2011

Avaliação da Dor

Artigo publicado na mais recente Arthritis Care & Research (Novembro/2011- RESUMO), discute as diversas ferramentas para avaliar a dor em pacientes adultos.
A revisão inclui os seguintes questionários: Visual Analog Scale for Pain (VAS Pain), Numeric Rating Scale for Pain (NRS Pain), McGill Pain Questionnaire (MPQ), Short-Form McGill Pain Questionnaire (SF-MPQ), Chronic Pain Grade Scale (CPGS), Short Form-36 Bodily Pain Scale (SF-36 BPS), and Measure of Intermittent and Constant Osteoarthritis Pain (ICOAP). A revisão também discute os pontos fracos e fortes de cada questionário. Os revisores recomendam a NRS Pain para estimar a intensidade da dor e o SF-36 BPS para avaliar a dor no contexto geral do estado de saúde. Relatam que ambos são fáceis de administrar e simples para o uso durante o atendimento. Para dor relacionada aos quadros de osteoartrite, os autores reforçam a eficácia do ICOAP. Não só para a pratica clínica mas também para as pesquisas, pois este questionário além de avaliar a intensidade da dor, avalia também as repercussões desta no humor, no sono e na qualidade de vida de modo geral.


segunda-feira, 28 de novembro de 2011

ATENÇÃO
Foi postado o primeiro vídeo do Curso Básico de Bioestatística.
Link ao lado
Obs: Estou treinando (Ainda...).

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Unidade de Quedas


Artigo de reflexão publicado na Acta Fisiatrica (TEXTO COMPLETO) relata a experiência de criação de uma unidade de quedas do Hospital Universitário de Barcelona descrevendo o principio de seu funcionamento. Faziam parte da equipe da unidade, o médico geriatra, médico fisiatra, fisioterapeuta, enfermeira, que juntos realizam avaliações clínicas e funcionais nos pacientes que são encaminhados até a este serviço por indicação de outros profissionais da área de saúde.
Os indivíduos que possuem histórico de quedas ou fatores de risco, são encaminhados ao grupo e passam por uma avaliação minuciosa. Em indivíduos com história de quedas, diversas avaliações devem ser realizadas: 1) problemas médicos agudos decorrentes da queda tais como lesão imediata (fratura, contusão, feridas, traumatismo diversos) 2) número de quedas relacionando o lugar, a atividade que o paciente estava realizando, o tipo de calçado 3) fatores de risco intrínsecos e extrínsecos: problemas de saúde e revisão dos sistemas como: tipos e quantidade de medicamentos, nível de mobilidade, nível de capacidade mental, atividade social, integridade sensorial, cardiovascular, e osteomuscular, avaliação do entorno no qual o indivíduo está inserido (solo, iluminação, mobiliário, escadas) (BATTISTELLA,2011). Um teste funcional amplamente aplicado nesta população é TUG (Timed Up and Go) que avalia a função dos membros inferiores, a mobilidade e o risco de quedas entre idosos, bem como identifica indivíduos com e sem história de quedas (BATTISTELLA,2011). Quem realiza o teste acima de 14 segundos possui um alto risco de queda (SHUMWAY-COOK,2000). Os individuos que são identificados pela avaliação, são encaminhados para o grupo de intervenção supervisionado pelo fisioterapeuta, com duração aproximada de 8 semanas, que consta de exercícios de força, coordenação e equilíbrio, realizados 2 vezes por semana.
Os autores também discutem outros testes que poderiam ser aplicados e concluem que a criação deste tipo de programa é essencial para atender a demanda de idosos com história de quedas ou aqueles com risco, e que este modelo apresenta princípios adequados de funcionamento, pois integra atividades de avaliação, educação e intervenção por meio de exercícios físicos.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Criar novos métodos validados e confiavéis de avaliação das curvaturas vertebrais sem expor o paciente a radiação é fundamental para o sucesso de um programa de correção postural. O método padrão ouro de avaliação é feito através do Raio-X, porém é inapropriado por expor o paciente repetitivamente à radiação. Para evitar os efeitos deletérios da exposição, podemos utilizar a avaliação postural, que é uma avaliação que requer um conhecimento profundo de anatomia, experiência e treino do profissional e que não permite a quantificação dos graus das alterações (CHAISE,2011). Um dos instrumentos que tem esta finalidade é o arcômetro, que é um instrumento não invasivo de medida das curvaturas vertebrais no plano sagital de fácil manuseio e transporte (O'Osualdo,1997), o que viabiliza sua utilização na pratica clínica.
CHAISE et al (2011) realizou um estudo que tinha o objetivo de avaliar a acurácia da medida do ângulo da curvatura torácica e lombar no plano sagital usando um instrumento desenvolvido a partir do arcômetro de O'Osualdo e comparar com os ângulos obtidos a partir da avaliação do Raio-X. Era também objetivo do estudo, avaliar a reprodutibilidade inter-avaliador e intra-avaliador deste instrumento. Foram utilizados dois avaliadores para posterior comparação.
O estudo publicado na Revista Brasileira de Fisioterapia (TEXTO COMPLETO) recrutou 52 sujeitos com média de idade de 53 anos e encontrou uma correlação muito forte e significativa entre arcômetro (AA) e a avaliação através do Raio-X (CA)  (r=0,94, p<0,01), sem diferença significativa (p=0,32) para a curvatura torácica, enquanto, para a curvatura lombar, encontrou-se uma forte e significativa correlação (r=0,71, p<0,01) entre AA e AC, sem diferença significativa (p=0,30). Na avaliação inter e intra-avaliador, a correlação foi também muito forte.

Portanto, os autores concluiram que o instrumento pode ser considerado um instrumento válido, fidedigno, confiável e objetivo para avaliar as curvaturas torácica e lombar no plano sagital.

sábado, 19 de novembro de 2011

iPhone e Ângulo de Cobb

O ângulo de Cobb é uma medida muito útil para avaliar as deformidades da coluna em ambos os planos frontal e coronal. As medidas podem ser feitas de forma manual diretamente na radiografia. A limitação do método está no fato de não avaliar as rotações vertebrais. Lembre-se: A escoliose é uma deformidade tridimensional. A avaliação é feita localizando as vértebras (inferior e superior) com maior angulação em direção ao lado da escoliose, "depois disso, será traçada uma linha paralela ao platô vertebral superior da vértebra inicial, e uma linha paralela ao platô inferior da vértebra final. Teremos, assim, duas linhas que se aproximam uma da outra. O ângulo de Cobb, entretanto, não será feito diretamente entre essas linhas, e sim entre duas linhas traçadas perpendicularesa elas. Por definição, teremos uma escoliose com ângulo superior a 10 graus".
Ângulo de Cobb
Artigo publicado no European Spine Journal testou um novo método de medida do ângulo de Cobb através de um Smartphone (iPhone Apple) e comparou com os métodos tradicionais. O software utilizado foi Tiltmeter Pro.


 Neste estudo, a diferença entre as medidas feitas pelo iPhone e as medidas tradicionais foram pequenas com uma média de 2º, diferença bem menor que os 5º aceitos como clinicamente significativo. Portanto, os autores do estudo concluiram que utilizar o iPhone como instrumento de medida é válido.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Pé plano - Tratamento

O tratamento dos pacientes portadores de pé plano consiste de exercícios e uso de palmilhas. Estudo publicado Musculoskelet Surgery de 2009 comparou um grupo de crianças que tratou somente com exercícios (fortalecimento, flexibilidade e propriocepção), com um grupo que utilizou palmilha. Trezentas crianças com pé plano flexível bilateral (600 pés) realizaram um programa de exercícios durante 2,75 anos (média). O tipo de pé foi classificado de acordo com Viladot's Method. Dos 600 pés, 386 foram classificados como tipo III e 214 tipo II. No grupo tratado com palmilha (674 pés), 396 pés foram classificados como tipo III e 278 como tipo II.

Viladot's Method
No grupo que realizou exercícios, 352 pés foram classificados como normais (N) e no grupo das palmilhas, 210 pés classificados como tipo II foram reclassificados como normais após o período de intervenção. Comparando os dois tratamentos, parece que os exercícios foram mais efetivos. O interessante do trabalho são os exercícios que foram utilizados, eram exercícios simples e facéis de utilizar.

Lista de Exercícios:
  • Flexibilidade de tornozelo e todos articulações do pé;
  • Alongamento - Tríceps sural e fibular lateral;
  • Movimentos globais em cadeia cinética fechada;
  • Fortalecimento do tibial anterior, flexor do hálux e intrínsecos do pé;
  • Movimentos globais dos músculos envolvidos na manutenção do arco longitudinal com e sem carga;
  • Descarga de peso unipodal;
  • Caminhar na ponta do pé e no calcanhar;
  • Descer um plano inclinado.
FONTE:
Riccio I et al - Rehabilitative treatment in flexible flatfoot: a perspective cohort study; Musculoskelet Surgery;  (2009) 93:101–107.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Força e Endurance na Artrite Reumatóide

Um programa de fortalecimento e endurance foram efetivos em pacientes portadores de artrite reumatóide (AR). Foi o que mostrou um estudo publicado este mês na revista Clinical Rheumatology. Pacientes com AR sofrem perda de força muscular e diminuição da capacidade cardiorrespiratória, o que diminui a qualidade de vida  e aumenta o risco para doenças crônico-degenerativas. O estudo recrutou 40 pacientes entre 41-73 anos que foram divididos e randomizados em dois grupos diferentes; um grupo que realizou exercícios supervisionados e um grupo controle que não realizou nenhuma atividade. Ambos foram acompanhados por 6 meses.
Os pacientes envolvidos no treinamento reduziram a atividade da doença e a dor, aumentaram a força e a capacidade aeróbia, acompanhados por uma diminuição na composição corporal e um aumento na habilidade funcional, sem causar efeitos deletérios.

TEXTO COMPLETO: CLIQUE AQUI

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Tapping e SDPF

Ensaio clínico randomizado e duplo-cego publicado na Isokinetics and Exercise Science, volume 19 e número 2 de 2011, avaliou o efeito agudo da aplicação do kinesio® taping em pacientes portadores de Síndrome patelo femoral (SDPF). Foram avaliados 22 sujeitos divididos em dois grupos; o grupo que utilizou o kinesio® taping e um grupo que usou um tapping placebo. Todos os sujeitos foram avaliados antes e após 45 minutos da utilização do taping tendo como principais medidas a força muscular, o senso de posição articular, o equilíbrio dinâmico e estático e a intensidade da dor. Houve somente uma diferença na força muscular do quadríceps no grupo que utilizou o placebo após 45 minutos. Portanto este estudo não mostrou eficiência na aplicação do kinesio® taping em pacientes com SDPF.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Segundo a OMS a osteartrose (OA) é a quarta causa de incapacidade mais importante entre as mulheres e a oitava entre os homens, tendo grande impacto nas articulações do joelho e quadril. Dos idosos acima de 65 anos, 17 a 30% são acometidos pela osteartrose de joelho (gonartrose) (ARDEN,2006). Os fatores de risco para o desenvolvimento são a idade, excesso de peso, alterações biomecânicas, processos inflamatórios articulares e excesso de esforço (BRANDT,2009), que leva aos portadores uma incapacidade funcional e dor. Os indivíduos com OA apresentam fraqueza muscular podendo estar associado com atrofia, dor e edema (O'REILLY,1998).
Com o objetivo de verificar a existência de correlação entre o desempenho muscular de extensores e flexores do joelho e os domínios dor, rigidez e funcionalidade do Questionário Western Ontario and McMaster Universities Osteoarthritis Index (WOMAC) foram recrutadas 80 idosas com idade igual ou maior que 65 anos com diagnóstico de OA de joelho segundo critérios clínicos e radiográficos do American College of Rheumatology (1998).
Força, resistência e equilíbrio musculares foram avaliados por meio do dinamômetro isocinético Biodex System 3 Pro, nas velocidades angulares de 60º/s e 180º/s; a funcionalidade, presença de dor e rigidez foram avaliadas pelo questionário WOMAC.  O WOMAC é um instrumento válido e confiável composto por 24 questões divididos em 3 domínios: dor, rigidez e funcionalidade.
Resultados
Houve uma correlação inversa significativa entre a força e resistência musculares avaliadas pelo o pico de torque/massa corporal do quadríceps (QUA) e isquiossurais (IQS) nas velocidades de 60º/s e 180°/s, respectivamente, e na relação de equilíbrio muscular IQS/QUA a 180°/s com todos os domínios do WOMAC e o escore global do instrumento (p<0.05). Estes resultados apontam para a necessidade de elaboração de um programa de fortalecimento e aumento da resistência muscular nos pacientes com OA de joelho, com o objetivo de melhorar a capacidade funcional. O estudo também mostrou a importância do trabalho conjunto dos músculos QUA E IQS para reestabelecer o equilíbrio muscular perdidos com a patologia.
Os autores chamam a atenção para a necessidade de um acompanhamento multidisciplinar destes pacientes para o controle do peso corporal, pois o tratamento fisioterápico não terá efeito com o excesso de sobrecarga articular.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Telessaúde UERJ


Visite o site Telessaúde da UERJ, você encontrará cursos de atualização e palestras interessantes tudo gratuitamente. http://www.telessauderj.uerj.br/

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Core Stability

O que é mais efetivo?

Qual exercício é mais efetivo na reabilitação de portadores de dor lombar crônica não-específica?
Sabemos que o exercício supervisionado é efetivo no tratamento da dor lombar crônica, porém ainda não sabemos qual tipo é o mais efetivo (STANDAERT,2008 - MACEDO,2009).

"Sabe-se o que fazer, mas não sabemos como fazer"

Tentando descobrir como fazer, Tondel et. al. (2010) realizaram um trabalho que tinha o objetivo de comparar a eficiência de 3 técnicas de exercícios para a reabilitação de pacientes com dor lombar crônica:
  • Motor Control Exercises (Estabilização);
  • Sling Exercise (Intervenção baseada no controle da coluna enquanto o paciente é suspenso);
  • Exercícios Gerais (Funcionaou como grupo controle).
Foram recrutados 109 pacientes divididos em 3 grupos que realizaram os exercícios durante 8 semanas uma vez por semana, e foram acompanhados durante 1 ano.

A)-Motor Control Exercises - B)- Sling Exercise - C)- Exercícios Gerais
Resultados

Foram avaliados a intensidade da dor, o Index Owestry Disability e Finger-to-floor distance (Testes funcionais). Para ambos os grupos houve diferença significativa do inicio ao pós-tratamento e após um ano, porém não houve diferença entre os grupos.

O estudo revela que não houve diferença entre o grupo que realizou exercícios gerais (grupo controle) quando comparado com os grupos que realizaram exercícios específicos, ou seja  a dúvida permanece. É importante uma avaliação criteriosa para a execução de um programa realmente efetivo, o que dá certo com um paciente pode não dar com outro. Diversas pesquisas mostram resultados bem mais significativos no grupo que realiza os exercícios de estabilização, que requerem uma progressão que não foi respeitada neste estudo. Por isso sugiro acompanhar esta discussão, pois trarei vários outros estudos e convido-os para um debate. Poste seu comentário ou sugira um trabalho.

Texto Completo - CLIQUE AQUI

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Core Stabilization e Abdominais

Os exercícios abdominais com os joelhos dobrados e as mão cruzadas na cabeça são exercícios praticados pelas forças armadas já a muito tempo. Evidências mostram que estes exercícios podem causar lesões principalmente na lombar, por aumentarem a carga que esta região esta sujeita causada pela tração dos flexores do quadril e a falta de estabilização vertebral decorrente da fraqueza e atraso da ativação motora dos músculos considerados estabilizadores da coluna (tranverso do abdómen e multifídeos).
(MC GILL,1995; RICHARDSON,1997).

Estudo publicado na Physical Therapy avaliou se os exercícios de estabilização (Core Stabilization) comparado com os exercícios tradicionais influenciariam na incidência de lesões músculo-esqueléticas e na quantidade de dias de afastamento. O estudo concluiu que não houve diferenças significativas entre os dois tipos de exercícios na incidência de lesões e nos dias de afastamento, porém o grupo que realizou os exercícios de estabilização tiveram menos dias de afastamento em comparação com o outro grupo (4.2 contra 8.3). Os autores mostram que esta diferença também não foi significativa estatisticamente.

Texto Completo - CLIQUE AQUI

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Osteoartrite e Joelheira

Artigo publicado na Revista Brasileira de Reumatologia "teve como objetivo investigar a eficácia imediata da joelheira elástica na dor e na capacidade funcional em indivíduos portadores de OA nos joelhos, visando à sua importância clínica como coadjuvante durante a realização do tratamento baseado em exercícios". O interessante na metodologia do estudo é que o avaliador era "cego", o que diminuiria a tendenciosidade dos resultados.
O estudo recrutou 80 voluntários que usaram a joelheira durante determinados testes funcionais. A escolha do tamanho da joelheira foi definida pela circunferência do joelho: tamanho P de 32 a 35 cm, M de 35 a 39 cm e G de 39 a 44 cm. Os testes utilizados foram Stair Climb Power Test (SCPT), Timed Up and Go (TUG) e Caminhada de 8 Metros (C8M), além da escala visual analógica (EVA) para avaliar a intensidade da dor. Os testes foram realizados com e sem joelheira; a ordem e a presença ou ausência das joelheiras durante os testes foram randomizadas.
Os resultados mostraram diferenças significativas na EVA durante o teste SCPT, no tempo dos testes C8M e TUG na comparação dos grupos com e sem joelheira.
Existem evidências que o uso de joelheiras aumentam o senso de posição articular, favorecendo o equilíbrio estático e dinâmico do joelho, aumentando com isso a segurança do usuário (POWERS,2004), este estudo confirma estes achados e coloca a joelheira como mais uma terapia no alívio da dor e na melhora da capacidade funcional nos pacientes com osteoartrite e outras disfunções articulares.
LEMBREM-SE: A JOELHEIRA É APENAS MAIS UMA TERAPIA, NÃO SUBSTITUI A REABILITAÇÃO ATRAVÉS DOS EXERCÍCIOS DE FORÇA E FLEXIBILIDADE.
Texto Completo - CLIQUE AQUI

sábado, 22 de outubro de 2011

EMG - Isquiotibiais e Quadriceps na DAJ

A dor anterior de joelho (DAJ), é uma entidade multifatorial comum em jovens ativos. Alguns autores relatam que a principal causa é o mau-alinhamento da patela (POWERS,1998 - CLELAND,2002) e o atraso na ativação dos músculos estabilizadores (Vasto medial VM e lateral VL) a principal causa deste desalinhamento (VOIGHT,1991 - WITVROUW,1996 - COWAN,2001). O desequilíbrio entre as porções lateral e medial dos isquiotibiais (ITB) poderiam também gerar uma rotação da tíbia e causar a DAJ, por isso os autores do estudo (PATIL,2011) propuseram fazer um estudo do desequilíbrio dos ITB através da eletromiografia (EMG). Para isso foram recrutados 37 pacientes jovens e divididos em 2 grupos, sem dor e com DAJ, e o padrão de ativação dos ITB e Quadriceps foram avaliados.
Não houve diferença significativa entre os estabilizadores da patela (VM e VL), mas houve diferença entre as porções medial e lateral dos ITB, com a porção lateral sendo ativada mais cedo que a porção medial. Segundo os autores este atraso causaria uma rotação lateral excessiva o que levaria a um mau alinhamento patelar e consequentemente DAJ.
Este estudo, apesar de suas limitações, mostra que devemos avaliar a flexibilidade, força e padrão de ativação dos ITB em pacientes com DAJ.

Fonte:
Patil, S., et al.,2010, "An electromyographic exploratory study comparing the difference in the onset of hamstring and quadriceps contraction in patients with anterior knee pain". Knee, 2010.

Próximo- Avaliação e Tratamento da DAJ

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Desalinhamento Patelar

O desalinhamento patelar é uma das muitas causas de desordens no mecanismo extensor do joelho. Diversos fatores são causadores deste desalinhamento e diversos testes são propostos para quantificar estes desalinhamentos. Os principais testes são:

(1)- Ângulo-A: Formado pela intersecção de duas linhas; linha que divide a patela em duas metades e a linha entre o polo inferior e o tubérculo da tíbia;  
Ângulo-A
  
(2)- Ângulo-Q: Formado pela linha que liga a espinha ilíaca ântero-superior (EIAS) e o centro da patela, e a linha do centro da patela à tuberosidade da tíbia;


Ânuglo-Q

(3)- Lateral patellar glide: É a relação da distância do centro da patela à face medial e lateral;
Patellar Glide
(4)- Patellar Tilt: É a relação da faceta medial da patela e a faceta lateral. O desalinhamento mostra uma proeminência da faceta lateral;
Patellar Tilt
(5)- Rotação Interna e Externa da patela:
RI e RE da Patela
(6)- Posição Anterior e Posterior: É demonstrada pela posição do polo inferior da patela durante a contração do quadríceps;
Posição Anterior_Posterior
Fonte: JOSPT - December (ARNO,1990)

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Escola de Postura e MacKenzie

O objetivo do estudo é comparar duas técnicas no tratamento de dor lombar não específica: Escola de postura e Mackenzie. Foram avaliados 18 pacientes através da NRS, instrumento utilizado para avaliar a dor; Roland Morris Disability Questionnaire, para avaliar o desempenho funcional e o Flexímetro para avaliar a flexibilidade.
Ambos os tratamentos foram eficazes.
O artigo traz como anexo os programas utilizados. Vale a pena conferir.
ARTIGO COMPLETO

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Revista FISIOTERAPIA EM MOVIMENTO

(1)- Alterações neuromusculares no quadril associadas a entorses de tornozelo: Revisão da literatura.
CLIQUE AQUI

(2)- Efeitos de diferentes exercícios físicos na marcha de idosos saudavéis: Revisão da literatura.
CLIQUE AQUI

(3)- Alterações posturais da coluna e instabilidade lombar no indivíduo obeso: uma revisão de literatura.
CLIQUE AQUI

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Confiabilidade da Medida de ADM do Tornozelo

A medida da amplitude de movimento é um recurso importante na avaliação de um paciente em tratamento fisioterápico. Por isso é fundamental analisar, dentre as técnicas conhecidas, qual a confiabilidade das medidas, quando repetidas pelo mesmo avaliador (confiabilidade intra-examinador) e quando realizado por diferentes avaliadores (confiabilidade interexaminador).
Os dois métodos apresentados abaixo para avaliação da ADM do tornozelo são a goniometria através de um goniômetro universal, e o método de mensuração funcional proposto por Bennel et al (1998).


Venturini C (2006) realizou um estudo que avaliasse a confiabilidade justamente destes dois métodos, e encontrou que a confiabilidade da avaliação funcional é superior ao goniometro universal, tanto com o mesmo avaliador quanto com avaliadores diferentes, o que sugere que este método é mais confiável para a aplicação clínica. Os resultados apontaram de baixa a moderada confiabilidade das medidas intra e interexaminadores para a goniometria.


O texto completo explica como realizar a medida pelo método funcional.(Link)

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Terapia Manipulativa Ortopédica (TMO)

Dor vertebral crônica é uma doença multifatorial que atinge milhares de pessoas. Cerca de 80% da população tem ou terá um caso de dor vertebral em algum momento da vida. Diversos tratamentos são propostos para resolver tal problema, entre eles podemos citar a Terapia Manipulativa Ortopédica (TMO). Define-se como TMO qualquer tipo de intervenção manual onde o objetivo é focado no tratamento da dor e disfunção articular, além do uso de exercícios terapêuticos. Incluem mobilização articular associadas à movimentação ativa ou passiva, técnicas de Mulligan, mobilizações passivas fisiológicas e/ou acessórias, Maitland, quiropraxia, osteopatia e técnicas de energia muscular.


Com o objetivo de investigar o efeito da TMO nos casos de dor cervical e lombar, foi publicado na ACTA FISIATRICA de dezembro de 2010 uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados (ECRs). Foram encontrados 24 artigos e 19 foram selecionados.


Os resultados desta revisão apontaram que tal procedimento por si só é eficaz, porém ainda há resultados contraditórios quando acompanha-se o resultado dos pacientes a longo prazo. Outros mostram que somente a utilização da TMO é ineficaz a longo prazo, quando administrada sem a associação de exercícios terapêuticos específicos.


Não foi possível provar se alguma técnica é superior a outra no tratamento da dor vertebral crônica. Não foi possível também provar que os exercícios de fortalecimento da musculatura profunda seja mais eficaz que os exercícios gerais.




sexta-feira, 24 de junho de 2011

Incidência de Lesões Musculares



Qual lesão muscular é mais comum em atletas de Futebol?

Foram selecionados 2299 que se lesaram no período de 2001 a 2009 com o objetivo de fazer um levantamento de quais músculos são mais lesados nos atletas de futebol.

-Segundo o estudo a média de lesão por temporada é igual 0.6 lesões por atleta, ou seja, um time com 25 jogadores pode esperar cerca de 15 lesões musculares por temporada;

-As lesões musculares constituem 31% de todas as lesões;

-91% de todas as lesões afetam 4 grupos principais: Isquiotibiais (37%), adutores (23%), quadriceps (19%) e panturrilha (13%);

-60% das lesões são recidivas;

-Estas lesões causam significativas ausências dos atletas nos clubes;

-As lesões aumentam com a idade.


segunda-feira, 20 de junho de 2011

Obesidade e Osteoartrite

Através de uma revisão publicada no recente numero da Physical Therapy, foi criado um guia para o tratamento de adultos obesos ou com sobrepeso (IMC maior que 25 Kg/m2) com osteoartrose (OA) nos membros inferiores através do uso da atividade física e da dieta. Foram selecionados artigos de Janeiro de 1966 até Novembro de 2010.


Os autores da revisão sugerem que a atividade física e a dieta são benéficos no tratamento da OA, principalmente na diminuição da dor e na melhora do status funcional. Concluem também, que quando comparou-se atividade física sozinha, dieta sozinha e atividade física e dieta, esta produziu os melhores resultados.


Texto Completo Pago (Resumo)

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Equilibrio e Hidroterapia

Série de exercícios de um programa de hidroterapia para a melhora do equilíbrio em idosos. Segundo artigo publicado na Revista Brasileira de Fisioterapia esta série promoveu melhoras significativas no equilíbrio de 25 idosas recrutadas para o estudo. O programa foi aplicado 2 vezes por semana durante 12 semanas com sessões de 40 minutos de duração. A melhora do equilíbrio foi medida por meio da escala de equilíbrio de Berg e pelo teste Time Up Go.



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Centro de Gravidade e Equilíbrio Corporal



Com o objetivo de estudar as causas do desequilíbrio postural, prevenir quedas, identificar as estrégias de manutenção da postura e a interação dos sistemas sensoriais envolvidos na estabilidade, diversos estudos sobre o equilibrio postural tem sido publicados. Um dos fatores identificados nestes estudos que influenciam na manutenção do equilibrio é o Centro de Gravidade (CG). Com o objetivo de analisar a influência e relações do CG com o equilibrio corporal, foi publicado na Revista Brasileira de Ciência e Movimento, uma revisão sobre Centro de Gravidade e equilíbrio corporal que mostra a relação da altura, do peso corporal, do género, da idade e do nível de atividade física com o CG e consequentemente com o equilíbrio. Os autores concluiram que a relação da altura do CG com o equilíbrio é uma abordagem pouco estudada, e que características física e genéticas podem provocar maiores oscilações corporais.


sexta-feira, 3 de junho de 2011

Instabilidade Escapular

A instabilidade escapular é apontada em diversos estudos como uma das causas das lesões no ombro (Ludewig P,2000 - Lusasiewicz A, 1999). 64% dos casos de instabilidade glenoumeral, coexistem com a instabilidade escapular. Uma das causas de movimentação anormal, e consequentemente instabilidade, é a ativação excessiva do trapézio superior (TS) quando comparado com o trapézio inferior (TI). Cools et al (2004) mostrou que atletas com síndrome do impacto apresentavam uma diminuição da atividade do TI e do trapézio médio em relação ao TS. O equilíbrio da razão TS/TI é fundamental para a estabilidade escapular e consequentemente, a estabilidade glenoumeral. É bom lembrar que instabilidade articular é causadora de lesões crônicas importantes.

No processo de reabilitação diversos equipamentos podem ser utilizados com o objetivo de melhorar a ativação dos diversos músculos do ombro. Entre estes equipamentos, está a HASTE OSCILATÓRIA.


Artigo publicado na Revista Brasileira de Medicina do Esporte recrutou 12 voluntárias para determinar a razão na ativação do TS e TI em diferentes exercícios na haste oscilatória. O estudo concluiu que houve diferença significativa entre os 3 exercícios executados com a haste, sendo que a razão ficou abaixo de 1, o que indica que a ativação do TS foi menor que o TI, mostrando sua eficiência no treinamento dos estabilizadores escapulares. Os autores recomendam com cautela o uso da haste na reabilitação do ombro, pois entendem que ainda há necessidade de novos estudos que confirmem seus achados e também que avaliem outros músculos, entre eles, os músculos do manguito rotador.
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quinta-feira, 19 de maio de 2011

Instrumentação em Biomecânica

Diversas são as ferramentas e instrumentações utilizadas na biomecânica desportiva, como as plataformas de força e equilíbrio, os eletrogoniometros e eletromiográfos. Selecionei um artigo interessante publicado em 2007 no Journal of Human Sport and Exercise, que faz um levantamento e uma breve explicação de muitos instrumentos utilizados na biomecânica.




terça-feira, 17 de maio de 2011

Diclofenaco e Paracetamol nas Entorses de Tornozelo

As lesões de tornozelo são comuns na pratica esportiva. pode ser classificada em 3 tipos de acordo com os sintomas e a integridade dos ligamentos. Causa dor e restrição da ADM o que leva a um prejuízo da função. Na reabilitação deste tipo de lesão, é importante a recuperação completa da ADM para o retorno a pratica esportiva.


Diversos estudos tem utilizado o Diclofenaco e Paracetamol logo após a lesão, como anti-inflamatório e analgésico, porém sua influência na ADM passiva e ativa do tornozelo durante a reabilitação ainda não foi estudado. Artigo publicado no Journal of Human Sport e Exercise procurou avaliar justamente esta relação. Porém o estudo não revelou nenhuma diferença significativa do Diclofenaco em comparação com o Paracetamol na diminuição dor e na melhora ADM passiva e ativa. Outros estudos são necessários para a avaliação a longo prazo, já que este estudo limitou a um período inicial de tratamento (3º e 10º dia após a lesão).




quinta-feira, 28 de abril de 2011

Tendinopatias do Joelho

Altura Patelar

A tendinopatia crônica do aparelho extensor do joelho é uma das patologias mais comuns em atletas, que pode inclusive levar ao afastamento de suas atividades esportivas.. É definida como uma condição de sobrecarga crônica do mecanismo extensor do joelho decorrentes de traumas repetitivos.


Nos indivíduos não atletas as causas predisponentes da lesão podem ser o aumento do ângulo Q, a altura patelar, torção tibial externa, torção femoral interna, instabilidades femuro-patelares e pronação do pé (Aglietti,1983). Nos atletas a causa mais comum é o atrito entre o ápice da patela e a face posterior do tendão patelar.


Artigo publicado na revista Acta Ortophedica Brasileira teve como objetivo avaliar a altura patelar em atletas com tendinopatia crônica. Para isso foram avaliados 65 atletas e divididos em dois grupos (com e sem lesão).Todos praticavam atividades esportivas regulares. A altura patelar foi medida de acordo com dois métodos (figura abaixo).


O grupo de atletas com a tendinopatia crônica apresentou patela alta e média de altura patelar significativamente maior que o grupo controle, mostrando uma relação direta entre patela alta e tendinopatia crônica. Isto mostra a complexidade das causas das lesões musculoesqueléticas, existe uma causa motora, muscular mas também, pelo menos é o que parece, uma causa estrutural. O autor não comenta neste caso qual a intervenção necessária. O trabalho multi disciplinar é fundamental, como é também a necessidade de mais estudos de busca das causas e de formas de tratamento.


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terça-feira, 19 de abril de 2011

Alongamento

Será que o calor ou frio interfere na flexibilidade dos músculos quando aplicado antes dos exercícios de alongamento? Foi justamente isto que procurou responder artigo publicado na Revista Motricidade de dezembro de 2010.

Teoricamente, o uso do calor antes dos exercícios de alongamento promoveria um ganho maior de flexibilidade pois acarretaria um aumento na extensibilidade das fibras colágenas, uma diminuição da viscosidade e tensão tecidual, favorecendo o relaxamento das propriedades mecânicas do músculo. O frio por sua vez, provocaria menor sensação de desconforto e dor durante a execução do alongamento o que permitiria uma tensão maior e maior eficiência.


Participaram do estudo 40 jovens divididos em 4 grupos: 1º)- Grupo controle: Não realizou nenhuma manobra; 2º)- Grupo 2: Alongamento estático por 3 minutos durante 5 dias; 3º)- Grupo 3: Alongamento precedido de calor por ondas curtas e 4º)- Grupo 4: Alongamento precedido por crioterapia. Ambos os grupos de intervenção aumentaram a flexibilidade dos isquiotibiais, porém sem diferença estatística entre os grupos. Podemos concluir, que o alongamento estático promove aumento da flexibilidade independentemente do uso de recursos térmicos.