quinta-feira, 31 de março de 2011

Diferenças Biomecânicas

Inúmeras pesquisas tem sido feitas com o objetivo de determinar o porque as mulheres apresentam uma incidência de lesões no joelho maior que os homens. Os fatores que predispõe a mulher a desenvolver as lesões são:

1)-Anatômicos;

2)-Hormonais;

3)-Biomecânicos.

Dentre estes fatores, o que a Fisioterapia efetivamente pode intervir são os fatores biomecânicos. Com o intuito de apresentar os resultados de estudos que tentaram verificar as diferenças biomecânicas dos membros inferiores entre os gêneros, o artigo plublicado pela Revista Fisioterapia em movimento apresenta uma revisão sobre o assunto muito interessante. O artigo também propõe como atuar frente a estas desordens, com o objetivo de prevenir futuras lesões.


Artigo Completo-Muito bom

quarta-feira, 23 de março de 2011

Estabilização Segmentar

Exercícios de estabilização segmentar é uma técnica utilizada para tratar as disfunções da coluna vertebral, e parte do principio que a estabilidade dos segmentos da coluna consiste da interação de três sistemas distintos(Panjabi,1992):



  • Passivo: ligamentos, tendões e vértebras;
  • Ativo: Músculos;
  • Neural.

Ambos os sistemas trabalham em sinergia e a disfunção em um deles compromete a estabilidade vertebral. A estabilização segmentar, baseada em diversos estudos, divide o sistema muscular em dois segmentos, os músculos superficiais e os profundos. Os exercícios realizados respeitam esta divisão, e as evidências encontradas em revisões sistemáticas na literatura, apontam a maior eficiência da estabilização quando comparado com os exercícios de fortalecimento tradicionais (Van Tulder,2000 e Ferreira, 2006).

Com o objetivo de comparar a efetividade dos exercícios de estabilização, pesquisadores da UNIVAP, publicaram um estudo realizado com 12 mulheres jovens com dor lombar inespecífica e concluíram que os exercícios foram efetivos na redução da dor e da incapacidade funcional.

É IMPORTANTE LEMBRAR QUE ESTE TIPO DE ESTUDO POSSUI UMA FALHA, POIS NÃO APRESENTAM GRUPO CONTROLE, ISTO IMPEDE QUE PODEMOS CONCLUIR QUE OS EXERCÍCIOS SÃO REALMENTE MAIS EFETIVOS QUE QUALQUER OUTRA MODALIDADE TERAPÊUTICA, PORÉM NÃO INVÁLIDA COMO REFERÊNCIA PARA A PRATICA CLÍNICA E PRINCIPALMENTE PARA FUTURAS PESQUISAS.

Texto Completo

terça-feira, 15 de março de 2011

Efeitos da Imobilização

As entorses de tornozelo são as lesões músculo-esqueléticas mais comuns, sendo o movimento de inversão a principal causa. O tratamento pode ser cirúrgico, mas na maioria dos casos é conservador. O tratamento conservador envolve o tratamento farmacológico, PRICE*, cinesioterapia e imobilização.

A imobilização pode levar a uma redução da função neuromuscular, isto é, redução da força, do volume, da atividade elétrica do músculo e da concentração de fibras lentas oxidativas, além de alterações na relação força-comprimento dependendo do tipo e do tempo de imobilização realizada. Todas essas alterações repercutem de forma negativa na realização da função protetora do músculo e dos tecidos que envolvem a articulação, ou seja, os mecanismos de defesa estariam prejudicados e a possibilidade de lesões recorrentes aumentada.

Trabalho publicado na Revista Brasileira de Medicina do Esporte em 2010 teve como objetivo analisar as adaptações dos músculos flexores plantares e dorsais do tornozelo de indivíduos submetidos a 14 dias de imobilização após entorse. Foram recrutados 11 sujeitos com entorse grau II (Wexler), onde há estiramento dos ligamentos sem ruptura total e dor e edema moderados, que ficaram imobilizados por duas semanas deambulando com carga parcial (2 muletas). A avaliação dos sujeitos constou de: Perimetria, ADM, torque isométrico máximo e atividade Eletromiográfica.

Obs.: A comparação foi feita com o membro saudável contra lateral.

Os resultados do estudo mostram redução da circunferência nas regiões proximais da perna, da ADM de flexão plantar e dorsal, do torque isométrico máximo e do sinal EMG do tibial anterior em todos os ângulos de movimento.

Este estudo mostra que há uma redução na capacidade de produção de força mesmo após um período curto de imobilização, observação que deve ser levado em conta pelo profissional durante a reabilitação dos pacientes imobilizados.Texto Completo

*PRICE: Proteção, repouso, gelo, compressão e elevação.

quarta-feira, 9 de março de 2011

SPADI

Tão importante quanto o diagnóstico clínico, é saber qual a repercussão da patologia na qualidade de vida da pessoa, contribuindo para facilitar o terapeuta na tomada de decisões clínicas. Os questionários de avaliação funcional são importantes para este objetivo.
Para evitar a proliferação de questionários de avaliação, incentiva-se a tradução, adaptação cultural e validação de ferramentas criadas em outras línguas. O Shoulder Pain and Disability Index (SPADI) é uma destas ferramentas que foram criadas com o objetivo de avaliar a dor e a incapacidade das disfunções do ombro. O SPADI consiste de 13 itens distribuídos no domínio da dor e de função, sendo cada item pontuado de 0 a 10, onde a pontuação final obtida é convertida em percentagem.
Artigo publicado na Revista Brasileira de Fisioterapia teve como objetivo traduzir e adaptar culturalmente o SPADI para o lingua portuguesa e analisar a sua confiabilidade em diferentes condições musculoesqueléticas dolorosas específicas do complexo articular do ombro. Os autores do estudo concluíram que a tradução se mostrou uma ferramenta confiável para avaliação da qualidade de vida dos portadores de disfunções musculoesqueleticas do complexo do ombro.

quarta-feira, 2 de março de 2011

SDPF e Eletroestimulação

A hipótese mais aceita para explicar a dor anterior causada pelo mau alinhamento patelar, também chamado de Síndrome de Disfunção Patelo Femural (SDPF), é o desequilíbrio muscular entre o vasto medial obliquo (VMO) e vasto lateral (VL). Nos tratamentos conservadores da síndrome a estimulação elétrica é uma boa alternativa. Um estudo publicado na Revista Brasileira de Fisioterapia verificou a eficácia de um programa de fortalecimento muscular através da eletroestimulação, utilizando a eletromiografia de superfície (EMG). Participaram do estudo 10 mulheres com diagnóstico médico de SDPF. O programa de fortalecimento foi realizado 3 vezes por semana durante 18 semanas e a corrente utilizada foi uma bipolar assimétrica, com largura de pulso de 0,5 milisegundos e frequência de 50 Hz. A duração inicial foi de 7 minutos progredindo até 30 minutos. Os resultados do estudo mostraram que não houve alteração do controle motor relativo ao momento em que os músculos foram ativados, mas houve uma melhora na capacidade de gerar força do VMO após a estimulação, o que mostrou ser eficiente na melhora da dor e da capacidade funcional reforçando portanto, que a eletroestimulação deve ser utilizada como tratamento conservador para a síndrome.
Um ponto interessante do texto do trabalho são os critérios de inclusão do estudo, que pode ser utilizado como critérios para o diagnóstico da síndrome na prática clínica.