segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Diagnóstico da dor lombar


Artigo acesso livre da  European Spine Journal (Janeiro 2012)



"Computed tomography for the diagnosis of lumbar spinal pathology in adult patients with low back pain or sciatica: a diagnostic systematic review"

Texto completo

Mobilização Neural

Estudo publicado na revista FISIOTERAPIA EM MOVIMENTO avaliou o efeito agudo da Mobilização Neural na ADM da extensão do cotovelo em indivíduos com tensão neural adversa do nervo mediano (TNAm). Participaram do estudo 60 voluntários na faixa etária de 17-30 anos, sendo que os indivíduos eram avaliados, através de testes específicos, para tensão do nervo. No caso do teste ser positivo, os mesmos eram submetidos à mobilização neural e imediatamente a manobra, era feita a avaliação goniométrica, para ser comparada com a avaliação realizada antes da manobra. 
Os resultados indicaram diferenças significativas entre os valores pré e pós mobilização.

PERGUNTA ????
E SE FOSSE FEITO UMA MOBILIZAÇÃO PASSIVA SIMPLES, SEM RESPEITAR A TÉCNICA?
MAIS UM EXEMPLO DA IMPORTÂNCIA DE UM GRUPO CONTROLE.



terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Treino de Resistência em Idosos


Treinamento de resistência progressiva pode ajudar o idoso a recuperar a função para que ele possa funcionar de forma independente na comunidade novamente?
A força muscular, a quantidade de força que um músculo pode produzir, está associado com atividades funcionais. Perda da força está associada com baixa velocidade de marcha, baixa resistência, incapacidade de se levantar de uma cadeira, risco de quedas, incapacidade e fragilidade. Homens e mulheres demonstram diferentes trajetórias na perda muscular, com perda mais gradual de força nos homens e mais dramático nas mulheres após a menopausa (ROLLAND,2008). O treinamento de resistência(TR) é usado para neutralizar os efeitos da perda de massa muscular. É uma forma de exercício em que o músculo contrai contra uma carga externa. Alguns dos equipamentos utilizados são: peso livre, peso corporal, aparelhos de musculação e faixas elásticas. Revisão publicada no Physical Therapy (CLIQUE AQUI) incluiu 121 ensaios clínicos e mais de 6700 idosos. Quando comparado com o grupo controle, o treino de resistência, segundos os autores, apresentou um pequeno mais significativo efeito do TR na melhora da capacidade funcional e do equilíbrio, e também uma melhora significativa na força muscular. O TR progressivo melhorou também a capacidade aeróbica. Os autores concluíram que o treino de força feito de 2 a 3 vezes por semana reduz a incapacidade funcional e melhora a capacidade de realização de determinadas AVD's, como a velocidade de marcha e o tempo de levantar de uma cadeira. Poucos efeitos adversos foram relatados, e quando foram, a dor muscular e articular foram os mais comuns.

Aplicando a evidência em um estudo de caso:
Sra Smith, 86 anos, história clinica de queda com rompimento dos músculos do manguito rotador em consequência da queda, cardiomegalia, osteoartrose bilateral e anemia. Paciente lúcida e orientada, cognitivamente normal. Sinais vitais: FC 88 bpm, PA 120X82 e FR 20 ipm. As limitações funcionais incluem diminuição da força muscular, equilíbrio, diminuição na velocidade de marcha, necessidade de auxílio para realização das AVD's e risco de queda. O TUG ("Time-up-go") foi de 53 segundos (< 30 seg sugere dependência). Requer supervisão para levantar da cadeira e subir e descer degraus. Sua velocidade de marcha foi de 0.28 m/s (o normal é pelo menos1 m/s). Score para avaliação do risco de quedas igual a 14 (> 10 sugere alto risco de quedas).
Como os resultados da revisão podem ser aplicadas na Sra Smith?
A Sra Smith entrou num programa domiciliar de exercícios duas vezes por semana. O TR foi realizado nas extremidades superior e inferior com pesos livres em 2 séries de 6 a 10 repetições até a fadiga. A carga foi aumentada gradualmente de acordo com a melhora nas reavaliações. Foi feito também treino de marcha, subir e descer escadas e levantar da cadeira. O treino foi realizado durante 7 sessões.
Resultados:
Aumento de 100% na força muscular, diminuição de 27 seg. no TUG, a velocidade de marcha aumentou para 0.38 m/s, passou a realizar as transferências de forma independente. O TR contribuiu para o aumento da independência funcional.


Os autores concluem que os achados desta revisão podem ser aplicados em idosos com idade superior a 80 anos, saudáveis ou com problemas de saúde.

domingo, 8 de janeiro de 2012

RPG X Alongamento Segmentar

Estudo publicado na Revista Fisioterapia e Pesquisa da USP (Janeiro,2008) - CLIQUE AQUI comparou os efeitos de dois tipos de alongamento: segmentar e global (através das posturas de RPG). Foram recrutados 33 individuos e divididos em 3 grupos distintos: o grupo global fez alongamento pela técnica de RPG; o grupo segmentar (fez alongamento segmentar); e o grupo controle não fez alongamento.
As sessões tiveram duração de 30 minutos e foram realizadas duas vezes por semana durante quatro semanas, com intervalo mínimo de 48 horas entre as sessões. Os partIcipantes do grupo global foram submetidos as duas posturas do método RPG durante 15 minutos cada. No grupo segmentar, foram alongados músculos que fazem parte das cadeias musculares trabalhadas nas posturas de RPG. Cada alongamento durava 30 segundos, realizado passivamente ou de maneira autopassiva, bilateralmente.
O teste ANOVA foi utilizado para a análise estatística. Foi observada diferença estatisticamente significante entre os três grupos no ganho de ADM, flexibilidade e força muscular (p<0,05) pela ANOVA. Quando o teste Kruskal-Wallis comparou os grupos dois a dois, não houve diferença significante entre os grupos que realizaram alongamento na ADM (p=0,12), flexibilidade (p=0,28) e força muscular a 45° (p=0,92) e 90° (p=0,92), indicando igualdade entre eles.
Os autores do estudo concluíram:
"As duas técnicas de alongamento utilizadas, reeducação postural global estático segmentar, foram igualmente eficientes no ganho de flexibilidade, amplitude de movimento e força muscular de indivíduos sem lesão musculoesquelética; ambas levaram a resultados superiores aos do grupo controle. Dessa forma, infere-se que ambas podem ser utilizadas em situações clínicas. Porém, para ampliar as repercussões clínicas, recomenda-se a realização de estudos semelhantes com diferentes lesões musculoesqueléticas."

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Síndrome do Impacto - Tratamento

A síndrome do Impacto é a patologia mais comum que afeta o ombro e ocorre devido ao impacto crônico do acrômio com o tendão do supraespinhoso, bursa subacromial e tendão bicipital. O objetivo do tratamento é cessar o processo inflamatório, reduzir a dor e manter a amplitude de movimento normal.
Estudo publicado na European Journal of Physical and Rehabilitation Medicine comparou a eficiência de três modalidades de tratamento: Ultrassom, Laser (As-Ga) e exercícios. Foram recrutados 52 pacientes divididos em 3 grupos diferentes:
  • Grupo 1: Aplicação de compressa quente + US + Exercício;
  • Grupo 2: Aplicação de compressa quente + laser + Exercício;
  • Grupo 3: Compressa quente + Exercício.
Os resultados mostraram que em ambos os grupos houve melhora significativa antes e após o tratamento, na dor e na ADM, mas que não houve diferença significativa quando comparado os 3 grupos, ou seja, não houve beneficio adicional da US e laser no tratamento da patologia.
Os autores do estudo concluíram que a ausência de um grupo controle, que não realizasse nenhum tratamento, limita a afirmação de causa e efeito, ou seja, será que os grupos melhorariam mesmo se fizesse apenas repouso?. E concluem também que o exercício sozinho pode ser suficiente no tratamento da patologia estudada.