quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

EMG e Pilates

A: Pelve retrovertida com o tronco fletido
- Aumentou significativamente a ativação dos músculos Oblíquo Externo e Glúteo Máximo

B: Pelve anterovertida com o tronco em extensão
- Aumentou a ativação do músculo multifídeo

C: Posição Neutra
- Diminuiu a atividade de todos os músculos

D: Pelve Neutra com o tronco paralelo ao chão
Aumentou a ativação do músculo multifídeo e Oblíquos

O músculo Reto Abdominal estava ativo durante todos os exercícios, não apresentando alteração de ativação de acordo com a posição da pelve e do tronco.

Estes foram os resultados de um estudo publicado na Archives of Physical Medicine and Rehabilitation que avaliou através de EMG a atividade dos músculos Iliocostal, Multifideos, Glúteo Máximo, Reto Abdominal, Oblíquo Externo e Interno, durante a realização de 4 exercícios utilizados no Pilates. Os autores   chamam a atenção para o fato de que a ativação dos músculos são influenciadas pela posição da pelve e do tronco, isto deve ser observado na prescrição de exercícios que visam a melhora na estabilidade vertebral, que tem nos Multifideos um importante colaborador. Os autores também sugerem a utilização de posturas fora da posição neutra como progressão para o tratamento.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Oscilação Postural e Dor

Segundo RUHE (2011) a oscilação postural está aumentada em pacientes com dor lombar crônica não especifica, devido às lesões nos mecanismo de controle postural que afetam as informações aferentes proprioceptivas. Uma das causas documentadas na literatura é a dor. Vários outros fatores são responsáveis pelo aumento da oscilação do centro de pressão (COP), como a idade, gênero, peso e altura (DOYLE,2004; HAGEMAN,1995; HUE,2007; CHIARI,2002). 
RUHE et. al. (2011) estudaram se a oscilação do COP é afetada pela intensidade e duração da dor. Para isso foram recrutados 80 voluntários sintomáticos ou não, que passaram por uma avaliação baropodométrica e os sintomáticos por uma avaliação da dor.
De acordo com o gráfico (acima), quanto maior a intensidade da dor maior a oscilação do COP, tanto antero-posterior (gráfico esquerdo) quanto latero-lateral (direito).
Segundo os autores do estudo, a avaliação do COP permitirá monitorar os resultados do tratamento. Resultados satisfatórios acarretará numa diminuição da dor e na oscilação do COP, além de demonstrar aqueles casos onde a melhora do equilíbrio não ocorre diante de um quadro persistente de dor.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Escoliose e Método Klapp


No exercício de “engatinhar perto do chão" o paciente apoiado nos cotovelos a 90º, os dedos e mãos direcionados para frente, a cabeça erguida, quadril e joelhos a 90º e realizar movimentos de hipercifose torácica e hiperlordose lombar.


No exercício de “deslizamento horizontal”, o paciente fica na posição de gatas, com o quadril e joelho a 90º de flexão, é pedido ao paciente a estender o tronco e os membros superiores à frente sem tocar os cotovelos no chão, a manter a cabeça erguida e a manter a distância entre as mãos igual à largura dos ombros.



Pedir ao paciente para deslizar o tronco e os membros superiores em direção ao lado convexo da escoliose, o que consiste no exercício de “deslizamento lateral”.





No exercício “engatinhar lateral”, o paciente fica na posição quadrúpede, com as mãos direcionadas interiormente, levando para frente o membro superior e para trás o membro inferior do lado da concavidade, a cabeça era mantida rodada para o lado da convexidade.




No exercício “arco grande”, o paciente também na posição quadrúpede, estende o membro superior e o membro inferior do lado côncavo em diagonal. O joelho e o cotovelo contralateral são mantidos aproximados.



No exercício seguinte, “virar o braço”, o paciente novamente na posição de gatas, com membro superior do lado côncavo em extensão e abdução de 90º, realiza uma rotação do tronco acompanhado da cabeça também em direção ao lado da concavidade.








O sétimo exercício chamado a “grande curva”, o paciente de gatas realiza uma extensão do membro superior e do inferior do lado da concavidade.



Estudo publicado na REVISTA BRASILEIRA DE FISIOTERAPIA (Clique Aqui) testou a eficácia do Método Klapp no tratamento das escolioses por meio do estudo quantitativo pela biofotogrametria computadorizada. Observou-se segundo os autores que "o método Klapp foi uma técnica terapêutica mais eficaz para tratar as assimetrias de tronco em comparação com a de pelve. Obtiveram-se resultados relevantes para melhorar a flexibilidade e a lordose lombar. Para as demais curvaturas vertebrais e o posicionamento da cabeça, o Klapp não demonstrou bons resultados, não sendo também eficaz para trabalhar o alinhamento de joelhos no plano sagital". Cada postura foi mantida por 8 minutos, num tempo total de terapia de 70 minutos, duas vezes por semana, por 20 sessões.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Artroplastia do Joelho e Limitação Funcional

37% dos pacientes que passaram por uma artroplastia do joelho desenvolvem importantes limitações funcionais (FRANKLIN,2008). As limitações mais importantes que estes pacientes desenvolvem são a diminuição da velocidade de marcha, a dificuldade de subir e descer escadas e a incapacidade de retorno a uma pratica esportiva. Um dos fatores que contribuem para estas limitações é a fraqueza dos músculos da extremidade inferior. Diversos estudos tem demonstrado a importância do quadríceps no desempenho das atividades funcionais citadas acima (WALSH,1998 - MIZNER,2005), e que um programa de fortalecimento desta musculatura gera melhora funcional num período de 3 a 12 meses (PETERSON,2009).
Os abdutores do quadril são importantes estabilizadores do tronco e do próprio quadril durante a deambulação, no controle do alinhamento dos membros inferiores e na transferência de forças da extremidade inferior para a pelve. Para estudar esta relação, PIVA (2010) publicou um estudo na Physical Therapy, que estudou se a força dos abdutores do quadril contribuem para a função de pacientes que foram submetidos à artroplastia de joelho.
31 pessoas que foram submetidas a uma artroplastia do joelho participaram do estudo. A força muscular do quadríceps e dos abdutores foram medidas através de um dinamômetro isocinético. Quatro testes para medir as limitações funcionais foram realizados: Velocidade de marcha, Figure-of-8 Walk Test, subir e descer escadas e  the 5-Chair Rise Test. As analises incluíram também o peso, altura, sexo, idade e tempo de cirurgia, com o objetivo de avaliar alguma relação destas variáveis, além da força, com o desempenho nos testes funcionais.
O estudo sugere que a fraqueza muscular dos abdutores contribuem mais para as limitações funcionais avaliadas nos testes, que as outras variáveis: peso, altura, sexo, idade, tempo de cirurgia e fraqueza do quadríceps. 
Parece que a fraqueza dos abdutores é tão relevante, ou até mesmo mais, que a fraqueza do quadríceps, na contribuição das limitações funcionais. O autores do estudo sugerem a necessidade de estudos longitudinais com uma amostra maior para testar os resultados por eles encontrados.