quinta-feira, 21 de junho de 2012

Semiologia do Joelho

Vídeo novo na seção ARTICULAÇÃO DO JOELHO

Crepitação nos Joelhos

Segundo o IKDC (The Internacional Knee Documentation Committe) publicado em 1993 diz:
"The Knee is normal when crepitation is absent" - "O joelho é normal quando a crepitação está ausente".
Crepitação normalmente é definido com um sinal característico de comprometimento articular, é um atrito audível e palpável durante o movimento (BARROS, 2004). Será que a premissa do IKDC é correta? Será que todo joelho que crepita é sintomático?
Johnson et al. publicaram um trabalho em 1998 na Arthroscopy que avaliou 110 homens e 100 mulheres que não apresentavam nenhum sintoma ou sinal de patologia no joelho. Os voluntários foram submetidos a uma anamnese, avaliação física e radiográfica. O interessante foi que dos 420 joelhos avaliados, apenas 4,5% não apresentaram nenhum sinal positivo para disfunção articular, como degeneração, hipermobilidade, crepitação e posição anormal da patela mostrados no raio-x; e diminuição da amplitude articular, frouxidão ligamentar assimétrica e sinal de McMurray positivo no exame físico. O sinal de crepitação da articulação patelofemoral estava presente em 94% dos joelhos femininos e em 45% dos masculinos, sendo que sinais "mais graves" como a subluxação estava presente em 35% e 19% dos joelhos respectivamente avaliados. Por isso os autores concluíram que a presença de crepitação nem sempre está associada com dor ou disfunção articular. Segundo Sanchis-Alphonso (2006) a presença de crepitação é mais importante quando está ausente no joelho contra-lateral ou está associada a algum tipo de assimetria. As disfunções do joelho estão associadas a um conjunto de fatores anatômicos, cinemáticos e fisiológicos, e não só com um achado isolado.


quinta-feira, 14 de junho de 2012

Kinesio Taping melhora estabilidade?

A entrose de tornozelo é uma condição comum numa população ativa, sendo uma lesão comum em esportes de contato (FONG,2007). 
Será que o uso de bandagens aumenta o estabilidade do tornozelo e com isso ajuda na prevenção de futuras lesões?
Artigo publicado na JOSPT de maio de 2011 buscou responder esta dúvida. Foi utilizada uma bandagem não elástica e a bandagem conhecida como Kinesio Taping. Os autores do estudo selecionaram 30 sujeitos e dividiram em 3 grupos diferentes: G1 utilizaram a bandagem não elástica, G2 a Kinesio Taping (KT) e o G3 não utilizou nenhuma bandagem. Todos os sujeitos passaram pelas 3 situações citadas anteriormente e foram avaliados pelo teste Star Excursion Balance Test (Vídeo 1 e Video 2) e no eletromiógrafo. Foi escolhido o fibular longo (FL) como músculo avaliado na eletromiografia, pois o FL é apontado em diversos estudos como um importante estabilizador dinâmico do tornozelo (PALMIERI-SMITH,2009). A técnica utilizada com o uso do KT foi uma estimulação muscular do FL, não utilizou-se nenhuma técnica mecânica.

Os resultados mostram que não houve diferenças na ativação do FL na comparação dos grupos sem a bandagem e com Kinesio Taping, porém quando a comparação era entre a bandagem não elástica e o grupo sem bandagem, o grupo com a bandagem apresentou um pico de ativação muscular maior, o que sugere que a bandagem inelástica foi mais eficiente que a Kinesio Taping na ativação muscular e na consequente melhora da estabilidade articular dinâmica. Os autores concluem ainda que o uso da Kinesio Taping para a melhora na ativação do FL foi insignificante.
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