terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Reabilitação do Equilíbrio Muscular na Escápula. Que Exercício Prescrever?

Há uma correlação mostrada na literatura entre as disfunções no ombro com as anormalidades na posição e alterações nos movimentos da escápula. Alguns autores creditam o problema mais no déficit de força, enquanto outros atribuem mais a uma alteração no padrão de recrutamento destes músculos. Como exemplo podemos citar o excesso de ativação do trapézio superior combinado com a diminuição no controle do trapézio inferior e o serrátil anterior. Protocolos de tratamento das disfunções de ombro enfatizam a importância de treinar os músculos escapulares, restaurando o controle motor e o equilíbrio destes músculos durante o processo de reabilitação. Ativação seletiva de músculos fracos e a inibição de músculos hiperativos fazem parte destes protocolos.
Porém a pergunta que se faz é:
QUAL OU QUAIS EXERCÍCIOS ATIVAM SELETIVAMENTE ESTES MÚSCULOS?
COOLS et al. (2007) realizaram um estudo, publicado na American Journal of Sports Medicine, onde foram selecionados 12 diferentes exercícios utilizados na reabilitação dos músculos escapulares e através da EMG avaliaram quais destes seriam mais apropriados para otimizar o equilíbrio muscular.
Os exercícios selecionados que ativaram seletivamente a porção média e inferior do trapézio, e promoveram mínima ativação da porção superior, foram os mostrados abaixo:
1)- Abdução horizontal com rotação externa em prono;
2)- Flexão em decúbito lateral;
3)- Rotação externa em decúbito lateral com apoio entre o braço e o tórax;
4)- Extensão em prono.
Fonte:

Rehabilitation of scapular muscle balance: which exercises to prescribe?

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Fascite Plantar

Fáscia plantar é uma fáscia que reveste a face plantar do pé e serve como um absorvedor de choque. O processo inflamatório desta estrutura é conhecido como fascite plantar e é considerado a causa mais comum de dor no calcanhar. Sua etiologia ainda é nebulosa, é frequentemente diagnosticada em indivíduos ativos, mas também acomete sujeitos com estilo de vida sedentário. RIDLE (2003) et al observaram que o risco de desenvolver fascite plantar estava diretamente relacionado com diminuição na ADM de dorsiflexão do tornozelo, com o passar muito tempo na postura em pé e ter um IMC > 30kg/m2, sendo a diminuição na dorsiflexão o fator de risco mais importante.
A literatura tem mostrado que o alongamento do tríceps sural e da própria fáscia plantar proporciona alívio da dor em curto e longo prazo. DIGIOVANNI et al (2006) testaram a utilização de alongamento da fáscia plantar comparando com o alongamento do tríceps sural, e observaram uma melhora mais significativa no grupo que realizou somente o alongamento da fáscia (foto abaixo), tanto a curto prazo, após oito semanas, quanto a longo prazo, após dois anos.
Para realizar o alongamento os sujeitos foram orientados a cruzar a perna afetada na posição sentada, aplicavam uma tensão nas articulações metatarsofalangeanas até sentir um estiramento na sola do pé, que era mantido durante 10 segundos e repetido 10 vezes, 3 vezes ao dia. A avaliação foi feita por meio do Foot Function Index, que mostrou melhora significativa quando comparado com o grupo que realizou somente alongamento do tendão do tríceps sural.

Segundo os autores do estudo, os paciente com fascite plantar crônica, este alongamento seria um importante componente do tratamento, trazendo melhoras significativas.
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