segunda-feira, 19 de junho de 2017

OA de joelho e Quadril

A corrida recreacional é um exercício muito praticado em todo mundo devido a facilidade, pode ser praticado em qualquer lugar, e além do baixo custo, o praticante gasta no máximo com um bom tênis. A corrida pode ajudar na perda de peso, no controle dos níveis de colesterol, na melhora do sistema imunológico, na depressão, na redução do stress e na melhora do humor.
Por ser uma atividade de impacto, será que aumenta o risco de desenvolver osteoartrose no joelho e quadril? Alguns autores defendem a tese que a corrida protege a saúde do osso, enquanto outros relacionam a corrida com o risco aumentado de desenvolver o problema. 
Estudo publicado recentemente na JOSPT, sugere que a diferença destes resultados depende da frequência e intensidade da corrida. Os autores revisaram 17 estudos, totalizando 114829 pessoas e encontraram que somente 3,5% dos corredores recreacionais tinham artrite no quadril ou no joelho, 10,2% dos sedentários e 13,3% dos corredores profissionais ou sujeitos que participavam de competições internacionais, ou seja, correr de forma recreacional não aumenta o risco quando comparado com os sedentários e com os atletas. O estudo não avaliou o impacto da obesidade, ocupação profissional ou histórico de lesões anteriores.

Os pesquisadores concluíram que correr de forma recreacional pode ser recomendado como exercício benéfico para a saúde e trazem proteção às articulações dos joelhos e quadris. O sedentarismo e a corrida com alto volume e alta intensidade pode aumentar o risco de desenvolver osteoartrose. Outros autores que encontraram a mesma relação, definiram como alto volume e alta intensidade, correr mais que 92 Km por semana.

FONTE: Alentorn-Geli, E et al; The Association of Recreational and Competitive Running With Hip and Knee Osteoarthritis: A Systematic Review and Meta-analysisJ Orthop Sports Phys Ther 2017;47(6):373–390.

quinta-feira, 8 de junho de 2017

EMG do Glúteo Máximo e Glúteo Médio

O glúteo máximo (GMax) é um importante músculo do quadril, estendendo e rodando-o lateralmente. É ativo na aceleração do membro inferior durante a marcha ou a corrida. Já o glúteo médio (GMed) é dividido em 3 porções: anterior, média e posterior. A anterior e a média atuam na abdução. A anterior sozinha auxilia na flexão do quadril, roda medialmente e estabiliza a pelve quando as atividades requerem pequena base de suporte (agachamento unilateral). A porção posterior do músculo estende, abduz e roda lateralmente o quadril. Juntos, as três porções estabilizam a pelve durante a fase de apoio médio na marcha.

Disfunção no quadril, seja fraqueza dos músculos ou limitação na ADM, tem sido relatado como fator importante de disfunções na coluna lombar e nos membros inferiores. O fortalecimento destes dois músculos constituem numa importante ferramenta na reabilitação das disfunções de quadril, lombar e membros inferiores.
A pergunta é: QUAIS EXERCÍCIOS ATIVAM MAIS ESTES MÚSCULOS?
Reiman et al. (2012) publicou um estudo que procurou dar uma luz a essa pergunta, e seleciona os melhores exercícios de acordo com o nível de ativação medido na EMG.

GLÚTEO MÁXIMO:
a)- Baixo nível de ativação:
b)- Moderado nível de ativação:

c)- Alta ativação:
d)- Muito alto nível de ativação (acima de 60% da Contração Isométrica Voluntária Máxima)

GLÚTEO MÉDIO:
Não houve nenhum exercício avaliado que tivesse baixo nível de ativação.

a) Moderado nível de ativação:

b)- Alto nível de ativação:

FONTE: Reiman, MP et al.; A literature review of studies evaluating gluteus maximus and gluteus medius activation during rehabilitation exercises; Physiotherapy Theory and Practice, 28(4):257–268, 2012.