Discutir as evidências e os assuntos relevantes na Fisioterapia Traumato-Ortopédica
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Altura Patelar
A tendinopatia crônica do aparelho extensor do joelho é uma das patologias mais comuns em atletas, que pode inclusive levar ao afastamento de suas atividades esportivas.. É definida como uma condição de sobrecarga crônica do mecanismo extensor do joelho decorrentes de traumas repetitivos.
Nos indivíduos não atletas as causas predisponentes da lesão podem ser o aumento do ângulo Q, a altura patelar, torção tibial externa, torção femoral interna, instabilidades femuro-patelares e pronação do pé (Aglietti,1983). Nos atletas a causa mais comum é o atrito entre o ápice da patela e a face posterior do tendão patelar.
Artigo publicado na revista Acta Ortophedica Brasileira teve como objetivo avaliar a altura patelar em atletas com tendinopatia crônica. Para isso foram avaliados 65 atletas e divididos em dois grupos (com e sem lesão).Todos praticavam atividades esportivas regulares. A altura patelar foi medida de acordo com dois métodos (figura abaixo).
O grupo de atletas com a tendinopatia crônica apresentou patela alta e média de altura patelar significativamente maior que o grupo controle, mostrando uma relação direta entre patela alta e tendinopatia crônica. Isto mostra a complexidade das causas das lesões musculoesqueléticas, existe uma causa motora, muscular mas também, pelo menos é o que parece, uma causa estrutural. O autor não comenta neste caso qual a intervenção necessária. O trabalho multi disciplinar é fundamental, como é também a necessidade de mais estudos de busca das causas e de formas de tratamento.
terça-feira, 19 de abril de 2011
Alongamento
Será que o calor ou frio interfere na flexibilidade dos músculos quando aplicado antes dos exercícios de alongamento? Foi justamente isto que procurou responder artigo publicado na Revista Motricidade de dezembro de 2010.
Teoricamente, o uso do calor antes dos exercícios de alongamento promoveria um ganho maior de flexibilidade pois acarretaria um aumento na extensibilidade das fibras colágenas, uma diminuição da viscosidade e tensão tecidual, favorecendo o relaxamento das propriedades mecânicas do músculo. O frio por sua vez, provocaria menor sensação de desconforto e dor durante a execução do alongamento o que permitiria uma tensão maior e maior eficiência.
Participaram do estudo 40 jovens divididos em 4 grupos: 1º)- Grupo controle: Não realizou nenhuma manobra; 2º)- Grupo 2: Alongamento estático por 3 minutos durante 5 dias; 3º)- Grupo 3: Alongamento precedido de calor por ondas curtas e 4º)- Grupo 4: Alongamento precedido por crioterapia. Ambos os grupos de intervenção aumentaram a flexibilidade dos isquiotibiais, porém sem diferença estatística entre os grupos. Podemos concluir, que o alongamento estático promove aumento da flexibilidade independentemente do uso de recursos térmicos.
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