segunda-feira, 26 de março de 2018

Vídeo-Aula 12 - Questões comentadas - Concurso da Aeronáutica


quinta-feira, 22 de março de 2018

Medidas dos Resultados na Dor Lombar Crônica

A dor lombar afeta aproximadamente 1/4 da população, sendo a principal responsável pelo afastamento do trabalho. Diversas técnicas são utilizadas para o seu tratamento e diversos instrumentos são utilizados na avaliação dos resultados das intervenções, entre eles:
  • Numerical Rating Scale (NRS);
  • Roland–Morris Disability Questionnaire (RMDQ);
  • Oswestry Disability Index (ODI)
  • Pain Self-efficacy Questionnair (PSEQ);
  • Patient-specific Functional Scale (PSFS).
Os resultados dos estudos na literatura são extremamente contraditórios e sem uma significância clínica importante. Diversos são os fatores que buscam explicar esse insucesso, entre eles, a falta de consenso sobre o que seria sucesso na terapia medido através destes diversos instrumentos.
Estudo publicado em 2010 na European Spine Journal, buscou avaliar qual seria a mínima mudança clínica significativa nos instrumentos citados acima. Os resultados estão resumidos na tabela abaixo.

O SDC significa a menor mudança detectável pelo instrumento e o MCID a menor diferença clinicamente significativa quando estivermos comparando duas intervenções diferentes. Por exemplo, comparando a intervenção 1 com a intervenção 2, a diferença encontrada nos diversos instrumentos será clinicamente significativa se for maior que o valor de MICD.
Este tipo de informação auxilia não só na pesquisa, quando comparamos diferentes intervenções, mas principalmente na clínica. Se você estiver tratando um paciente de dor lombar crônica e encontrar uma mudança no escore do instrumento maior que SDC, significa que seu tratamento está surtindo efeitos clinicamente significativos. Mais um exemplo, se na escala de dor (NRS) seu paciente relatar melhora maior que 2,4 pontos, numa escala de 0-10, a melhora já pode ser considerada significativa. Isto vale para os demais instrumentos, basta comparar os resultados com os valores de SDC.

FONTE: Elaine F. Maughan • Jeremy S. Lewis; Outcome measures in chronic low back pain; Eur Spine J (2010) 19:1484–1494.

terça-feira, 6 de março de 2018

Série de Exercícios no Reformer

O método Pilates é uma técnica abrangente de condicionamento corporal que visa o desenvolvimento do corpo e da mente do indivíduo. Para este fim, o Pilates incorpora seis princípios fundamentais: centralização, concentração, controle, precisão, respiração e fluxo (Latey, 2002). O treinamento de estabilidade do Core baseado no Pilates, é uma forma de exercício precisa e controlada usando os músculos estabilizadores do corpo (Kilber et al., 2006). Os exercícios que compõem o método enfatizam a contração isométrica dos músculos do Core, que consiste nos músculos abdominais (transverso abdome), extensores profundos da coluna vertebral e músculos do assoalho pélvico.
O Reformer (figura abaixo) é um equipamento de exercícios de resistência projetado por Joseph Pilates. É constituído por uma plataforma que se move de um lado para o outro ao longo de roldanas. A resistência é proporcionada pelo peso corporal e pelas molas ligadas ao carro e à plataforma, e o treinamento realizado com este dispositivo está em conformidade com o princípio da sobrecarga, que é dado pelo número de molas utilizadas durante os exercícios
Estudo publicado no Journal of Bodywork and Movement Therapies em 2017, buscou avaliar se há mudança na força dos extensores lombares e estabilizadores da escápula após um programa de treino com exercícios realizados exclusivamente no reformer. 
Participaram do estudo 24 mulheres sedentárias com idade entre 21 e 34 anos, divididos em 2 grupos, grupo controle e grupo experimental (GE). Os sujeitos do GE realizaram 6 exercícios de alongamento no solo antes dos exercícios no Reformer. Eram realizados 3 séries de 20 segundos:


Os exercícios no Reformer foram realizados 3 vezes por semana durante 50 a 60 minutos, sendo que em cada exercício eram realizados 10 repetições. O protocolo durou 4 semanas, totalizando 12 sessões.

Os grupos foram avaliados através de um dinamômetro, tanto a força dos extensores lombares, quanto a dos estabilizadores da escápula.

Os resultados mostram que houve um aumento significativo na força dos músculos da lombar e dos estabilizadores da escápula somente no grupo que realizou os exercícios propostos. Os autores concluíram que as 12 semanas de treino, 3 vezes por semana, foi suficiente para promover alterações significativas na força, e que por isso podem ser utilizados na pratica clínica, quando o objetivo é fortalecer esses músculos.

FONTE: Nubia Tomain Otoni dos Santos, et al; Increased strength of the scapular stabilizer and lumbar muscles after twelve weeks of Pilates training using the Reformer machine: A pilot study; Journal of Bodywork & Movement Therapies (2017) 21,74-80.

sexta-feira, 2 de março de 2018

Guia de Pratica Clínica - Avaliação e Tratamento de Dor Cervical Não-Específica

Artigo publicado este mês na Physical Therapy.

FONTE: Jasper D. Bier; Clinical Practice Guideline for Physical Therapy Assessment and Treatment in Patients With Nonspecific Neck Pain; Physical Therapy Volume 98 Number 3; March 2018.