A dor lombar afeta aproximadamente 1/4 da população, sendo a principal responsável pelo afastamento do trabalho. Diversas técnicas são utilizadas para o seu tratamento e diversos instrumentos são utilizados na avaliação dos resultados das intervenções, entre eles:
- Numerical Rating Scale (NRS);
- Roland–Morris Disability Questionnaire (RMDQ);
- Oswestry Disability Index (ODI)
- Pain Self-efficacy Questionnair (PSEQ);
- Patient-specific Functional Scale (PSFS).
Os resultados dos estudos na literatura são extremamente contraditórios e sem uma significância clínica importante. Diversos são os fatores que buscam explicar esse insucesso, entre eles, a falta de consenso sobre o que seria sucesso na terapia medido através destes diversos instrumentos.
Estudo publicado em 2010 na European Spine Journal, buscou avaliar qual seria a mínima mudança clínica significativa nos instrumentos citados acima. Os resultados estão resumidos na tabela abaixo.
O SDC significa a menor mudança detectável pelo instrumento e o MCID a menor diferença clinicamente significativa quando estivermos comparando duas intervenções diferentes. Por exemplo, comparando a intervenção 1 com a intervenção 2, a diferença encontrada nos diversos instrumentos será clinicamente significativa se for maior que o valor de MICD.
Este tipo de informação auxilia não só na pesquisa, quando comparamos diferentes intervenções, mas principalmente na clínica. Se você estiver tratando um paciente de dor lombar crônica e encontrar uma mudança no escore do instrumento maior que SDC, significa que seu tratamento está surtindo efeitos clinicamente significativos. Mais um exemplo, se na escala de dor (NRS) seu paciente relatar melhora maior que 2,4 pontos, numa escala de 0-10, a melhora já pode ser considerada significativa. Isto vale para os demais instrumentos, basta comparar os resultados com os valores de SDC.
FONTE: Elaine F. Maughan • Jeremy S. Lewis; Outcome measures in chronic low back pain; Eur Spine J (2010) 19:1484–1494.
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