A disfunção sacroilíaca (SI) pode resultar em dor e perda de função. Diversos autores tem relatado a associação entre as alterações do músculo glúteo máximo (GM) com as disfunções da articulação sacroilíaca. Estudos sugerem que o GM ajuda na estabilização da SI e que estes músculos estão com sua atuação alterada em pacientes com sacroileíte. Pesquisas anteriores mostraram que os exercícios são eficazes na alteração da dor e da incapacidade funcional em sujeitos com instabilidade lombar segmentar e padrões alterados de recrutamento motor. Foi hipotetizado que o início tardio do GM pode alterar a força de compressão na articulação SI e dificultar os mecanismos necessários para a transferência de carga. Este atraso na contração do GM foi identificado naqueles com dor articular na SI. Portanto, parece apropriado que os exercícios sejam dirigidos para melhorar o tempo e a função do GM.
Estudo de uma série de casos foi publicado na The International Journal of Sports Physical Therapy para avaliar o efeito de um programa de fortalecimento do GM em pacientes com disfunção SI. Foram avaliados a força, dor e função antes e após o programa de fortalecimento, em 8 sujeitos durante 10 sessões. O protocolo durava aproximadamente 30 minutos e cada exercício era repetido 10 vezes, com ou sem uma resistência dada por faixas (Figura 1). Essa resistência era reavaliada semanalmente com o intuito de respeitar o principio de sobrecarga na prescrição dos exercícios.
Os resultados do estudo indicaram que haviam diferenças entre o lado com dor e o lado sem dor na força do GM. Após um programa de fortalecimento de cinco semanas direcionado ao GM, os indivíduos demonstraram um aumento significativo na função, diminuição da dor e aumento da força. Estes resultados suportam a inclusão de exercícios de fortalecimento do GM em pacientes com dor persistente na região lombopélvica e testes clínicos positivos para disfunção articular SI.
FONTE: Added. MAN, et al.; STRENGTHENING THE GLUTEUS MAXIMUS IN SUBJECTS WITH SACROILIAC DYSFUNCTION; The International Journal of Sports Physical Therapy; Volume 13, Number 1; February 2018; Page 114; DOI: 10.26603/ijspt20180114.