Discutir as evidências e os assuntos relevantes na Fisioterapia Traumato-Ortopédica
quinta-feira, 23 de maio de 2019
NOVO MODELO NA AVALIAÇÃO DA DOR
A dor é multifatorial. Várias são os fatores que
influenciam na percepção da dor. E por isso o manejo de tal condição se torna
extremamente complexo e desafiador. O manejo personalizado da dor está ganhando
força como uma excelente abordagem na pratica clínica, evitando, desta forma,
tratar os pacientes como se fossem grupos homogêneos que responderiam ao
tratamento da mesma maneira. Por isso uma abordagem mais lógica seria
implementar uma avaliação multidimensional clinicamente rigorosa, mas viável e
personalizada, respeitando os fatores mais importantes que influenciam o quadro
clínico; Identificar padrões multissistêmicos no perfil do paciente que possam
estar direcionando a experiência da dor e por último Intervir de forma
direcionada com base nos resultados dessa avaliação.
Essa semana o nosso grupos discutiu essa nova
abordagem analisando uma ferramenta criada por WALTON, D & ELLIOT, JM. Os
autores publicaram um estudo na Revista Musculoskeletal
Science & Practice, este ano, intitulado, A
new clinical model for facilitating the development of pattern recognition skills
in clinical pain assessment, que teve como objetivo apresentar uma nova estrutura de
raciocínio clínico que seja simples na apresentação, mas permita a
interpretação de padrões clínicos complexos e seja adaptável em populações de
pacientes com dor aguda ou crônica, traumática ou não traumática. A ferramenta
é composta de sete domínios que influenciam a experiência de dor do paciente,
que são:
·
Nocicepção;
·
Dor Neuropática;
·
Dor Nociplástica
(Sensibilização central);
·
Alterações
emocionais;
·
Crenças e
comportamentos mal adaptativos;
·
Contexto
socioambiental;
·
Alterações
sensório motoras.
A influência destes domínios é quantificada,
utilizando diversas informações, obtidas na anamnese, além de diversas escalas
padronizadas que indicam a força desta influência. A ferramenta é rica e
complexa, e ajuda a avaliar os pacientes de maneira mais próxima da realidade e
permite, com as abordagens corretas, resultados mais satisfatórios. Vale a pena
conferir e se aprofundar no assunto.
DOI: 10.1016/j.msksp.2018.03.006
quarta-feira, 15 de maio de 2019
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