Artigo publicado na Physical Therapy-Novembro de 2005 faz uma revisão sobre Exercício de resistência progressiva (PRE) na Fisioterapia, examinando os efeitos positivos e negativos desta intervenção, usando para isso revisões sistemáticas produzidas sobre o tema em diversas áreas.
Foram revisados 18 artigos de revisão sistemática sobre o tema: 4 na área de cardiopulmonar, 5 em disfunções musculo-esqueléticas, 4 neuromuscular e 5 em geriatria.
Principais resultados encontrados:
Cardiopulmonar:
DPOC: Há um aumento significativo na capacidade de produzir força em MMSS e MMII, sem efeito na função respiratória. Não encontrou melhora significativa no desempenho do teste de caminhada de 6 minutos, mas houve uma melhora quando se utilizou a análise do questionário de qualidade de vida (SF-36).
PA: Uma metanálise mostrou melhora da pressão sitólica, diastólica, pressão arterial média e frequência cardíaca de repouso após PRE. Nenhum artigo mostrou se a melhora foi mantida após a intervenção.
Musculoesquelética:
Dor Lombar e Cervical: Conclui-se que o treino de resistência melhora a dor e a capacidade de gerar força. Foi demonstrado também, que a capacidade de gerar força foi acompanhado por hipertrofia dos músculos do tronco. O PRE foi mais efetivo que o repouso, mas obteve os mesmos resultados quando comparados com o treino de flexibilidade e os exercícios aeróbios.
Artrites e Fraturas: O PRE melhora a dor e a capacidade de realizar as AVDs.
Neuromuscular:
PC: Há fortes evidências que o PRE pode aumentar a habilidade de gerar força em pessoas com PC. Concluiu-se também que o PRE não aumenta a hipertonia.
AVE: O PRE aumenta a capacidade de gerar força, mas não são todos os trabalhos que mostram melhora nas atividades funcionais, portnto não há um consenso.
Geriatria: Fortes evidências que o PRE aumenta a capacidade de gerar força em pessoas idosas, independente da idade, e que também um aumento na massa magra após um período de intervenção.
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