Qual a força que os Eretores da Espinha devem fazer nas 3 posições?
Lc = 44 cm;
Massa do tronco = 37 Kg;
d = 4 cm;
g = 9,81 m/s2
Resposta:
Fe * d - mg*Lc*sen x = 0
Fe = 2823 N (para um x=45º)
Fe = 3993 N (para um x=90º)
Fe= 2823 N (para um x=135º)
Pelos resultados encontrados, o Eretor da Espinha é capaz de gerar forças que são 4 vezes o peso do corpo, músculos pequenos que não pesam mais que 1 Kg. Se não entendeu como chegar ao resultado, envie um comentário, participe.
Discutir as evidências e os assuntos relevantes na Fisioterapia Traumato-Ortopédica
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Padrão de ativação muscular e Lesões
Existe uma relação importante entre o padrão de ativação muscular e as disfunções do sistema músculo-esquelético. Cada músculo ou grupamento muscular é responsável por uma função na realização de um movimento, alguns desempenham um papel mobilizador principal, outros auxiliam estes músculos fazendo o papel de sinergistas e outros participam da função estabilizadora. Para que o movimento ocorra sem causar lesões é preciso haver uma coordenação perfeita de todos eles, precisam ser ativados na hora certa, no momento certo com a intensidade certa. Hábitos posturais viciosos, movimentos repetitivos e sedentarismo, podem causar nos grupamentos musculares a diminuição da força, da flexibilidade, o aumento da rigidez e alterações no padrão de ativação neural, ou seja, os músculos podem atrasar a sua ação prejudicando o movimento. Este movimento pode ser realizado, o que na maioria das vezes ocorre, mas a forma com que ocorre pode ser lesiva, causando microtraumas.
A extensão do quadril na posição prono pode ser usada como exemplo. Neste movimento há a participação dos isquiotibiais, eretores espinhais e glúteo máximo. Se houver um padrão de ativação muscular que priorize a ação dos isquiotibiais sem a participação dos estabilizadores da coluna lombar, que são os eretores espinhais e a do glúteo que além de auxiliar a extensão também estabiliza a pelve, ocorrerá um movimento excessivo, e por isso indesejável, nas vértebras lombares. Existem algumas evidências que os pacientes com lombalgia crõnica inespecifica apresentam alteração no padrão de ativação muscular no movimento de extensão do quadril na posição prono, estes pacientes acionam os extensores adiantados em relação aos estabilizadores.
Artigo publicado na Revista Brasileira de Fisioterapia fez uma análise eletromiográfica justamente deste movimento, e não encontrou diferença significativa entre indivíduos saudáveis e portadores de lombalgia. Apesar dos resultados não confirmarem a teoria exposta acima, os próprios autores reconhecem a necessidade de novas pesquisas. Teoria é uma coisa, comprovação é outra, por isso continuamos tentando entender as causas para que o tratamento proposto seja cada vez melhor. Lembre-se que existem outros estudos que mostram resultados diferentes, há a dúvida, somente muita pesquisa vai responder e dizer quem está certo.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Disfunção Sacro-ilíaca
Artigo publicado no número novo da FISIOTERAPIA EM MOVIMENTO, faz um levantamento sobre a frequência de disfunções sacro-ilíacas (DASI) em jovens com dor lombar. É sabido que as DASI podem ser as causas da dor lombar. Segundo este levantamento, na população estudada, 35% dos jovens tinham DASI, ou seja, suas dores lombares eram causadas na sacro-iliaca e não na região lombar. Este dado demonstra a importância de se investigar a presença das DASI nestas e outras populações com lombalgia. Para isto, diversos estudos tem sugerido 4 testes:
- Prova de Gaenslen;
- Compressão ilíaca;
- Thigh thrust;
- Compressão sacra.
A presença de dor em 3 destes testes, confirmam o diagnóstico de DASI. É um artigo interessante e possui uma bibliografia importante neste assunto (13,14 e 18), vale a pena dar uma olhada.
Outro dado importante e relevante, é que 100% dos jovens com DASI tinham encurtamento nos isquiotibiais. Esta disfunção gera alterações no ritmo lombopélvico que causa prejuízos na absorção de choques da articulação sacro-iliaca durante a marcha, o que por sua vez sobrecarregaria os discos intervertebrais da região lombar acarretando dor nesta região.
Deficit muscular após cirurgia
Artigo publicado na PHYSICAL THERAPY em outubro de 2009 discute sobre o deficit muscular, torque e potência, que ocorre na musculatura extensora e flexora do joelho após artroplastia. Este deficit se mantém mesmo depois da alta na reabilitação, o que traz pejuizos nos testes funcionais realizados no estudo. Diversos estudos tem mostrado que o deficit nesta musculatura aumenta o risco de quedas, por isso é importante a observação deste ponto durante a reabilitação, já que a população que é submetido a este tipo de cirurgia são idosos que já tem este risco, em função da idade, aumentado. Além do risco de queda, este deficit diminui a mobilidade e a capacidade funcional.
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Obesidade e Osteoartrite
Artigo publicado na BMJ_2009 mostra o efeito da dieta e do exercício na osteoartrite de joelho em indivíduos com sobrepeso ou obesos. Sabe-se que a obesidade é fator de risco para diversas doenças crônicas, e entre elas a osteoartrite. Diminuir o excesso de peso e fortalecer a musculatura são duas intervenções citadas em diversos artigos. O objetivo deste artigo foi comparar o efeito destes dois tratamentos, para isso foram recrutados 389 sujeitos, entre homens e mulheres, que foram divididos em 4 grupos diferentes; um grupo que só realizou dieta, um grupo que só realizou os exercícios, um grupo de dieta e exercício e um grupo controle que não sofreu intervenção. Os grupos que realizaram exercício obtiveram uma melhora na dor e na função mais significativas que o grupo que só realizou dieta, mostrando que não basta só perder peso, mas que é fundamental o incremento no tratamento de exercícios de fortalecimento muscular. O mais interessante é que estes exercícios eram feitos em casa e tinham orientação apenas uma vez por semana.
A pratica de uma atividade física mostra mais uma vez o seu papel importante na promoção de saúde e na melhora da qualidade de vida.
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