segunda-feira, 27 de junho de 2011

Terapia Manipulativa Ortopédica (TMO)

Dor vertebral crônica é uma doença multifatorial que atinge milhares de pessoas. Cerca de 80% da população tem ou terá um caso de dor vertebral em algum momento da vida. Diversos tratamentos são propostos para resolver tal problema, entre eles podemos citar a Terapia Manipulativa Ortopédica (TMO). Define-se como TMO qualquer tipo de intervenção manual onde o objetivo é focado no tratamento da dor e disfunção articular, além do uso de exercícios terapêuticos. Incluem mobilização articular associadas à movimentação ativa ou passiva, técnicas de Mulligan, mobilizações passivas fisiológicas e/ou acessórias, Maitland, quiropraxia, osteopatia e técnicas de energia muscular.


Com o objetivo de investigar o efeito da TMO nos casos de dor cervical e lombar, foi publicado na ACTA FISIATRICA de dezembro de 2010 uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados (ECRs). Foram encontrados 24 artigos e 19 foram selecionados.


Os resultados desta revisão apontaram que tal procedimento por si só é eficaz, porém ainda há resultados contraditórios quando acompanha-se o resultado dos pacientes a longo prazo. Outros mostram que somente a utilização da TMO é ineficaz a longo prazo, quando administrada sem a associação de exercícios terapêuticos específicos.


Não foi possível provar se alguma técnica é superior a outra no tratamento da dor vertebral crônica. Não foi possível também provar que os exercícios de fortalecimento da musculatura profunda seja mais eficaz que os exercícios gerais.




sexta-feira, 24 de junho de 2011

Incidência de Lesões Musculares



Qual lesão muscular é mais comum em atletas de Futebol?

Foram selecionados 2299 que se lesaram no período de 2001 a 2009 com o objetivo de fazer um levantamento de quais músculos são mais lesados nos atletas de futebol.

-Segundo o estudo a média de lesão por temporada é igual 0.6 lesões por atleta, ou seja, um time com 25 jogadores pode esperar cerca de 15 lesões musculares por temporada;

-As lesões musculares constituem 31% de todas as lesões;

-91% de todas as lesões afetam 4 grupos principais: Isquiotibiais (37%), adutores (23%), quadriceps (19%) e panturrilha (13%);

-60% das lesões são recidivas;

-Estas lesões causam significativas ausências dos atletas nos clubes;

-As lesões aumentam com a idade.


segunda-feira, 20 de junho de 2011

Obesidade e Osteoartrite

Através de uma revisão publicada no recente numero da Physical Therapy, foi criado um guia para o tratamento de adultos obesos ou com sobrepeso (IMC maior que 25 Kg/m2) com osteoartrose (OA) nos membros inferiores através do uso da atividade física e da dieta. Foram selecionados artigos de Janeiro de 1966 até Novembro de 2010.


Os autores da revisão sugerem que a atividade física e a dieta são benéficos no tratamento da OA, principalmente na diminuição da dor e na melhora do status funcional. Concluem também, que quando comparou-se atividade física sozinha, dieta sozinha e atividade física e dieta, esta produziu os melhores resultados.


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quinta-feira, 16 de junho de 2011

Equilibrio e Hidroterapia

Série de exercícios de um programa de hidroterapia para a melhora do equilíbrio em idosos. Segundo artigo publicado na Revista Brasileira de Fisioterapia esta série promoveu melhoras significativas no equilíbrio de 25 idosas recrutadas para o estudo. O programa foi aplicado 2 vezes por semana durante 12 semanas com sessões de 40 minutos de duração. A melhora do equilíbrio foi medida por meio da escala de equilíbrio de Berg e pelo teste Time Up Go.



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Centro de Gravidade e Equilíbrio Corporal



Com o objetivo de estudar as causas do desequilíbrio postural, prevenir quedas, identificar as estrégias de manutenção da postura e a interação dos sistemas sensoriais envolvidos na estabilidade, diversos estudos sobre o equilibrio postural tem sido publicados. Um dos fatores identificados nestes estudos que influenciam na manutenção do equilibrio é o Centro de Gravidade (CG). Com o objetivo de analisar a influência e relações do CG com o equilibrio corporal, foi publicado na Revista Brasileira de Ciência e Movimento, uma revisão sobre Centro de Gravidade e equilíbrio corporal que mostra a relação da altura, do peso corporal, do género, da idade e do nível de atividade física com o CG e consequentemente com o equilíbrio. Os autores concluiram que a relação da altura do CG com o equilíbrio é uma abordagem pouco estudada, e que características física e genéticas podem provocar maiores oscilações corporais.


sexta-feira, 3 de junho de 2011

Instabilidade Escapular

A instabilidade escapular é apontada em diversos estudos como uma das causas das lesões no ombro (Ludewig P,2000 - Lusasiewicz A, 1999). 64% dos casos de instabilidade glenoumeral, coexistem com a instabilidade escapular. Uma das causas de movimentação anormal, e consequentemente instabilidade, é a ativação excessiva do trapézio superior (TS) quando comparado com o trapézio inferior (TI). Cools et al (2004) mostrou que atletas com síndrome do impacto apresentavam uma diminuição da atividade do TI e do trapézio médio em relação ao TS. O equilíbrio da razão TS/TI é fundamental para a estabilidade escapular e consequentemente, a estabilidade glenoumeral. É bom lembrar que instabilidade articular é causadora de lesões crônicas importantes.

No processo de reabilitação diversos equipamentos podem ser utilizados com o objetivo de melhorar a ativação dos diversos músculos do ombro. Entre estes equipamentos, está a HASTE OSCILATÓRIA.


Artigo publicado na Revista Brasileira de Medicina do Esporte recrutou 12 voluntárias para determinar a razão na ativação do TS e TI em diferentes exercícios na haste oscilatória. O estudo concluiu que houve diferença significativa entre os 3 exercícios executados com a haste, sendo que a razão ficou abaixo de 1, o que indica que a ativação do TS foi menor que o TI, mostrando sua eficiência no treinamento dos estabilizadores escapulares. Os autores recomendam com cautela o uso da haste na reabilitação do ombro, pois entendem que ainda há necessidade de novos estudos que confirmem seus achados e também que avaliem outros músculos, entre eles, os músculos do manguito rotador.
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