segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Escala KUJALA (Traduzida e Validada)

Artigo publicado na ACTA ORTOPÉDICA BRASILEIRA (Clique aqui), realizou um estudo para validação da escala de Kujala (Scoring of Patellofemoral Disorders), que é usada para avaliar os sintomas subjetivos como dor anterior no joelho e limitações funcionais na Síndrome de desordens patelo-femoral. Os itens avaliados no questionário são subluxação patelar, claudicação, dor, caminhadas, subida de escadas e postura sentada por tempo prolongado com os joelhos flexionados. Tem pontuação de 0 a 100 pontos, onde 100 significa sem dores e/ou limitações funcionais e 0 significa dor constante e várias limitações funcionais. 
Após aplicação da escala traduzida em 40 indivíduos recrutados para o estudo, os autores concluíram que:

"A escala Scoring of Patellofemoral Disorders encontra-se traduzida e adaptada culturalmente para língua portuguesa, tendo como título em português Escala de Desordens Patelofemorais. O processo de tradução e adaptação cultural pode ser aplicado com sucesso em questionários de fisioterapia, gerando instrumentos aplicáveis em língua portuguesa".

VERSÃO FINAL EM PORTUGUÊS

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Protocolos de Reabilitação - PO de LCA


FONTE - TEXTO COMPLETO

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Pronação excessiva associada à dor anterior do joelho

A pronação da articulação subtalar é um mecanismo protetor importante durante a corrida, pois permite atenuar as forças de impacto ao longo do tempo. 
O excesso de pronação é que se torna um problema, possuindo forte relação com lesões nas articulações, principalmente nos membros inferiores (Tartaruga, Tartaruga et al., 2005). Corredores lesados freqüentemente são hiperpronadores (Hreljac, 2005).
O mecanismo que explica como a pronação causaria as lesões não está muito claro. Especula-se que a relação entre a pronação excessiva e a rotação prolongada da tíbia seria o mecanismo causador (Neptune, Wright et al., 2000). Segundo TIBERIO (Tiberio, 1987) uma rotação tibial prolongada durante a marcha, impede a extensão livre do joelho, e para compensar o fêmur roda internamente causando mudanças nas forças de contato da patela gerando com isso desgaste e conseqüentemente dor. LEE et al (Lee, Morris et al., 2003) demonstraram que a rotação da tíbia e do fêmur altera a distribuição de pressão na patela, com a rotação da tíbia aumentando a pressão no lado contralateral e a rotação do fêmur no mesmo lado.
            A hiperpronação não é o único movimento anormal e lesivo realizado pela articulação subtalar. A velocidade máxima de pronação também está relacionada com as lesões do membro inferior, principalmente em situações de fadiga (Tartaruga, Tartaruga et al., 2005). TARTARUGA et al (Tartaruga, Tartaruga et al., 2005) demonstraram que houve um aumento significativo na pronação máxima com o aumento na intensidade de esforço e que um aumento na velocidade linear aumentou a velocidade de pronação, o que os levou a acreditar que a intensidade de esforço pode ser um fator determinante de lesões durante a corrida. GRAU et al (Grau, Maiwald et al., 2008) examinaram 42 mulheres corredoras (21 com tendinopatia patelar e 21 saudáveis) e concluíram que o grupo com tendinopatia apresentou uma velocidade de pronação maior que o grupo controle, além de uma flexão de joelho mais rápida, um amplitude de quadril menor e uma maior adução do quadril.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Prevenção de Lesões nos Esportes

Revisão sistemática publicada na Physiotherapy (2011), avaliou os efeitos de diversas intervenções na prevenção de lesões dos isquiotibiais (ITB) em indivíduos ativos. Os ITB foram escolhidos por se tratar de um músculo muito exigido nos gestos desportivos e ser um local comum de lesões (HOSKINS,2006). São músculos capazes de gerar grandes momentos de força e muito exigidos nos movimentos de desaceleração e aceleração (GARRET,1984).
Apesar da alta incidência de lesões, a eficácia das estratégias de intervenção preventiva não são bem conhecidas, por isso os autores do estudo fizeram um levantamento das melhores evidências publicadas sobre o assunto. Foram incluídos na revisão estudos que analisavam a eficiência de uma ou mais intervenções preventivas em comparação com um grupo controle (placebo).

Efeitos das intervenções:
  • Fortalecimento X Grupo controle: Os resultados dos estudos analisados foram extremamente heterogêneos, sendo que a maioria dos estudos não encontraram nenhuma diferença estatísticamente significativa entre os grupos;
  • Terapia Manual: Poucos estudos analisados. Houve uma "tendência de eficácia", porém sem melhora estatisticamente significativa;
  • Treino de propriocepção X Grupo controle: Os mesmos resultados;
  • Aquecimento e alongamento X Grupo controle: Também não houve diferença significativa;


CONCLUSÃO:
Os autores concluíram que não há evidência suficiente que apoie o uso destas intervenções como forma de prevenção para lesões dos ITB em pessoas ativas. Os achados da terapia manual devem ser melhor analisados em função do número reduzido de estudos.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Obesidade e Alterações Posturais

A obesidade além de ser fator de risco para diversas doenças crônico-degenerativas, está também associada a diversas alterações do aparelho locomotor, entre elas podemos citar aS alterações posturais e a instabilidade vertebral.
Revisão publicada pela REVISTA FISIOTERAPIA E MOVIMENTO buscou analisar as alterações   posturais da coluna, o diagnóstico e o tratamento da instabilidade segmentar vertebral no indivíduo obeso. A hiperlordose lombar, hipercifose dorsal e hiperlordose cervical foram as alterações posturais mais importantes relacionadas à obesidade citadas nos estudos revisados.
O tratamento destas disfunções que se mostrou mais eficiente foi a Estabilização Segmentar Vertebral, que permite a melhora da postura, a restauração da estabilidade vertebral e o alívio da sintomatologia dolorosa.