A tendinite calcária é uma calcificação de sais de cálcio nos tendões do manguito rotador (principalmente no tendão do supraespinhoso), com maior incidência no sexo feminino, podendo ser sintomático ou não. Quando o paciente relata algum sintoma, é a dor, a diminuição da amplitude de movimento e as alterações na função mecânica do ombro os mais comuns.
Como tratamento fisioterápico tem sido proposto a utilização do ultrassom (US), que tem a função de facilitar a reabsorção dos depósitos de sais de cálcio. A revista FISIOTERAPIA EM MOVIMENTO (clique aqui) publicou um estudo que objetivou realizar uma revisão bibliográfica sobre os efeitos biológicos e terapêuticos do ultrassom, a fim de identificar o seu real papel no tratamento de depósitos calcários, especificamente na tendinite calcária do ombro.
Foram identificados 1108 artigos, mas apenas 4 foram aproveitados. Dos 4 apenas um tinha uma metodologia com qualidade alta.
A frequência do ultrassom variou de 0,89 MHz a 3 MHz, e a intensidade ficou entre 0,8 W/cm2 a 2,5 W/cm2 O tempo de aplicação variou de 5 a 15 minutos e a frequência das sessões foi de 3 a 5 vezes por semana, totalizando de 9 a 24 sessões.
A revisão mostrou que há poucos estudos de qualidade e que demonstram a eficácia do US na tendinite. Os benefícios promovidos pelo ultrassom são dependentes dos parâmetros utilizados. Variáveis como o tamanho da área a ser tratada, diferenças teciduais, duração da aplicação e o objetivo da conduta terapêutica também devem ser considerados.
Os autores concluem que o US é recurso eficiente para o tratamento da tendinite calcária, apesar dos poucos estudos e da baixa qualidade metodológica. Chamam atenção da necessidade da realização de novos estudos.
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