A tendinopatia de Aquiles é uma patologia comum em corredores, que pode ser causada por erros no treinamento, técnica de corrida, tênis e terreno inadequado, além de fatores intrínsecos, relacionados ao indivíduo, como disfunção no tríceps sural, idade, excesso de peso, fraqueza muscular, desalinhamento do membro inferior, pé cavus e excesso de pronação.
Azevedo LB (2009) et al. publicaram um estudo que tinha como objetivo investigar a cinética, a cinemática e a atividade muscular em corredores portadores de tendinopatia de Aquiles. O estudo apresentou como resultados; variáveis cinéticas similares entre o grupo lesado e não lesado, diminuição da amplitude de flexão do joelho entre as fases de apoio do calcanhar e médio apoio no grupo lesionado (p=0.011), diminuição da atividade muscular, avaliada via eletromiografia, do tibial anterior, reto femoral e glúteo médio no grupo com lesão. A atividade muscular diminuída pode acarretar uma ineficiência da ação dos músculos em absorver choque após o apoio do pé, aumentando a possibilidade de lesões. Estima-se que o tendão de aquiles suporta uma carga seis vezes maior que o peso corporal durante a corrida, e se há perda nos mecanismos de absorção e atenuação destas forças, a estrutura seria comprometida causando a patologia. Não é possível saber se as alterações são respostas adaptativas ou causadoras das lesões, mas os autores especulam que pela diminuição dos mecanismos de absorção do impacto pela ação muscular, os corredores lesionados estariam sujeitos a forças de impacto maiores, o que explicaria as lesões. Eles também propõem como medida preventiva e reabilitadora, os exercícios ou outros mecanismos (tênis adequado) que estimulem a atividade muscular do tibial anterior, reto femoral e glúteo médio.
FONTE: Biomechanical variables associated with Achilles tendinopathy in runners, 2009
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