Artigo publicado na Revista Brasileira de Fisioterapia comparou o uso do Kinesio Tapping (KT) com uma técnica placebo (uso do Micropore) em pacientes com dor lombar crônica inespecífica. Os pacientes deveriam apresentar uma dor de origem mecânica sem uma causa definida e com mais de 12 semanas de duração. Não deveriam estar em tratamento e nunca fizeram uso do KT. Os sujeitos foram divididos em três grupos: grupo KT, grupo Micropore e grupo controle, que não recebeu nenhuma intervenção. Foram 60 sujeitos que participaram do estudo. Os participantes dos dois primeiros grupos receberam o KT e o Micropore uma única vez e permaneceram com eles por 48 horas. O KT foi aplicado por um Fisioterapeuta experiente na aplicação da técnica (nível KT3 pela Kinesio Taping Association International). A avaliação foi feita antes da aplicação, 48 horas e 7 dias depois por um avaliador "cego". Foi avaliado a dor e a capacidade funcional por meio da Roland Morris Disability Questionnaire (RMDQ).
A tabela 2 mostra a média e o desvio padrão da intensidade da dor e da incapacidade dos grupos avaliados e a tabela 3 as comparações realizadas entre os grupos.
Embora o estudo mostrou melhora na incapacidade do grupo KT quando comparado com o controle, os autores relatam que a melhora foi tão pequena que pode ser considerado irrelevante clinicamente. É importante salientar que a melhora ocorreu somente nas primeiras 48 horas e desapareceu na avaliação após 7 dias. Todas as outras comparações não mostraram resultados significativos. Esses resultados parecem mostrar que os efeitos do uso do KT na pratica clínica em pacientes com dor lombar são decorrentes do efeito placebo da técnica, do fenômeno de regressão à média, da história natural da doença e de outros efeitos de confundimento.
FONTE: Luz MA Jr, Sousa MV, Neves LAFS, Cezar AAC, Costa LOP. Kinesio Taping is not better than placebo in reducing
pain and disability in patients with chronic non-specific low back pain: a randomized controlled trial. Braz J Phys Ther.
http://dx.doi.org/10.1590/bjpt-rbf.2014.0128.
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