segunda-feira, 15 de junho de 2015

Síndrome da Banda Iliotibial

A síndrome da Banda Iliotibial é uma lesão por esforço repetitivo que gera dor na face lateral do joelho, sendo bastante comum em corredores. Dor à palpação no epicôndilo lateral do fêmur, é um dos principais sinais da síndrome, inclusive este sinal é usado como teste na avaliação.
A banda iliotibial (BIT) é uma estrutura fascial composta por tecido conjuntivo que serve de inserção para o tensor da fáscia lata (TFL) e para o glúteo máximo (GM). Origina-se na crista ilíaca e se insere na patela externa, no retináculo patelar externo e no tubérculo de Gerdy (tíbia externa). Pode ser considerado um importante estabilizador lateral do joelho, essencial para a manutenção da postura ortostática.
Acredita-se que ocorra na BIT um deslizamento anterior e posterior durante a extensão e flexão do joelho respectivamente, o que acarretaria uma fricção e compressão de diversas estrutura nesta região com o epicôndilo. Além da fricção da BIT com o epicôndilo do fêmur, outra fonte que explica a síndrome é no tuberculo de Gerdy na tíbia. Durante a fase de contato da marcha, o membro apoiado realiza uma flexão associado como uma pequena rotação interna da tíbia, o que causa uma tensão nesta estrutura de forma repetitiva na caminhada e principalmente na corrida. Isto levaria a uma inflamação e dor na região, referida como "zona de impacto".
Fatores intrínsecos e extrínsecos poderiam explicar esta síndrome. Os fatores intrínsecos são adução e a rotação interna exageradas do membro inferior ao correr, fraqueza dos abdutores e rotadores externos do quadril que não controlam os movimentos exagerados citados anteriormente; o desequilíbrio muscular em volta do quadril; a diminuição da flexibilidade; a pronação excessiva durante a caminha ou a corrida e as alterações no alinhamento frontal do joelho (varo ou valgo) ou desalinhamento da pelve decorrente da discrepância no tamanho dos membros maior que 0,5 cm. 

Os fatores extrínsecos estão relacionados com o método de treino, com o calçado utilizado durante a corrida e o terreno aonde se realiza a pratica. Aumento exagerado das distâncias semanais e corrida em ladeira são os erros de treinamento mais comuns. 
Na avaliação fisioterápica é importante perguntar sobre os hábitos específicos de treinamento e que posições a dor aparece. Deve avaliar força dos músculos abdominais e do todo o grupamento dos membros inferiores, além de avaliar a flexibilidade. O teste de Ober e o teste de Noble devem ser utilizados. O teste de Ober avalia o comprimento da BIT e o teste de Noble pode reproduzir a dor através da compressão na zona de impacto, a presença de dor caracteriza um teste positivo.
Teste funcional, como mostrado abaixo, avalia a força e o controle motor dos músculos que limitam os movimentos exagerados de adução e rotação lateral da perna que podem estar presentes nos portadores da síndrome, inclusive estes mesmos testes, podem ser utilizados como forma de tratamento, melhorando a ativação muscular durante as atividades de descarga de peso.
TRATAMENTO (Fredericson and Wolf, 2005)
Fase Aguda:
  • Reduzir a inflamação na BIT => Controle dos fatores extrínsecos, repouso, uso de recursos fisioterapêuticos e medicamentos para controle do processo inflamatório.
Fase Subaguda:
  • Trabalhar flexibilidade e iniciar programa de fortalecimento;
  • Mobilização dos tecidos conjuntivos para diminuir as aderências.





Fase de Recuperação:
  • Fortalecimento muscular:


Fonte:
Iliotibial Band Syndrome: Soft Tissue and Biomechanical Factors in Evaluation and Treatment; The American Academy of Physical Medicine and Rehabilitation; Vol 3; June 2011.



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