O encurtamento do peitoral menor (PM) tem sido retratado como possível fonte de retração no ombro e consequente aumento na incidência de síndrome do impacto. O PM curto limita o "tilting" posterior da escápula e sua rotação externa durante a elevação do braço o que diminui o espaço subacromial contribuindo para as lesões nas estruturas do ombro.
O método clínico mais empregado, utiliza a distância do ângulo póstero-lateral da escápula até a mesa de avaliação com o sujeito na posição supina. Distâncias maiores de 2,54 cm sugere encurtamento muscular. Este método, apesar de apresentar ótima confiabilidade intra-examinadores, carece de acurácia diagnóstica, por apresentar baixas sensibilidade e especificidade entre os examinadores. Entendo que este método seja mais importante para avaliar assimetrias bilaterais.
Outro método pouco conhecido, utiliza a distância entre a origem e a inserção do músculo PM (processo coracóide e quarto espaço costal), medida com o paquímetro ou com a fita métrica.
Este método mostrou ser mais confiável, mas necessita de mais estudos controlados para que seja aplicado em pesquisas ou na pratica clínica. Se for utilizado pelo mesmo examinador com etapas bem definidas, entendo que o método pode ser utilizado como forma de avaliar se um treino de flexibilidade específico para o PM tem dado resultado. No nível de evidência sobre estes métodos seria interessante a associação dos métodos nas avaliações e reavaliações. Um detecta o encurtamento e o outro avaliaria a eficiência do alongamento e até mesmo a participação do PM nas discinesias escapulares.
FONTES: Measurement of Pectoralis Minor Muscle Length: Validation and Clinical Application - journal of orthopaedic & sports physical therapy | volume 38 | number 4 | april 2008
The pectoralis minor length test: a study of the intra-rater reliability and diagnostic accuracy in subjects with and without shoulder symptoms - BMC Musculoskeletal Disorders 2007, 8:64
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