Tem sido proposto que a vibração de corpo inteiro (VCI) potencializa os efeitos de um treino de força. Uma das explicações seria que determinadas frequências poderiam gerar uma sincronia entre a taxa de disparo das terminações primárias dos fusos musculares com a frequência da vibração.
Seus efeitos tem sido avaliados em gestos esportivos, como o salto vertical, mas nenhum estudo avaliou seus efeitos na velocidade de corrida. É importante salientar, que mesmo no salto vertical os resultados são contraditórios, e uma conclusão definitiva sobre os efeitos ainda é limitada.
Couto et al. (2015) avaliaram os efeitos crônicos do treinamento de força com diferentes frequências de vibração localizada sobre o desempenho nas diferentes fases do teste de velocidade de corrida. Os sujeitos do estudo, 55 homens não treinados, foram divididos em 4 grupos, e o treinamento foi realizado durante 4 semanas, 3 vezes por semana.
Todos os sujeitos, com exceção do grupo controle, realizavam sessões compostas por 12 contrações voluntárias máximas na posição semi-agachados durante 6 segundos. Protocolo em acordo com o estudo de Silva, Couto, e Szmuchrowski (2008), que observaram efeitos positivos com este tipo de treinamento.
A medida da velocidade de corrida foi realizado por meio do teste de velocidade V40m. Com 5 corridas de 40 metros, na maior velocidade possível, com intervalos de 5 minutos entre as corridas. Foi considerada na avaliação, a maior velocidade obtida nas 5 tentativas.
Conforme mostrado na tabela abaixo, não houve melhora significativa em nenhum dos grupos avaliados. O treinamento de força com vibração não conseguiu fazer aumentar a velocidade dos sujeitos avaliados, em nenhuma das fases do teste de 40 metros.
Segundo os autores do estudo, algumas observações explicariam os resultados negativos. Primeiro o tempo de 4 semanas de treinamento pode ter sido pequeno, e segundo, o percurso de 40 metros foi curto para mostrar resultados positivos, pois outros autores mostraram diferenças em percurso com 60 metros de distância (Giorgos e Elias (2007)). Cahma atenção também o fato de mesmo alterando os tipos de frequência (8 e 26 Hz), mesmo assim não houve diferenças significativas.
FONTE: Efeito crônico do treinamento de força com vibração localizada sobre a velocidade de corrida - Motricidade 2015, Volume 11 - Nº 1 - 98-107.
Nenhum comentário:
Postar um comentário