Segundo Schnohr et al (2015) praticar corrida com altas intensidade e frequência, não é garantia de maiores resultados de sobrevida quando comparado com sujeitos sedentários. Praticar de 1 a 2.4 horas de corrida por semana, com frequência de 2 a 3 vezes, é mais favorável para a saúde e sobrevida do praticante, ou seja, "mais atividade neste caso não significa mais sobrevida". Os autores sugerem um gráfico em forma de "U-Invertido", quando relaciona intensidade de corrida X sobrevida, indicando perda de benefícios com corrida de alta intensidade.
Estes achados vai contra a máxima: "mais atividade física é melhor pra saúde e longevidade", porém encoraja o aumento do número de praticantes, em função da facilidade de obter resultados satisfatórios e alcançáveis com a pratica da corrida.
Este resultado interessante possui algumas limitações, como o número pequeno de sedentários avaliados e o fato de não comparar com ativos não praticantes de corrida. Outra limitação é também a pequena amostra de corredores que praticavam a atividade com altos volumes (> 4 horas), o que limita o poder do teste estatístico.
É bom lembrar que existem outros estudos que obtiveram resultados contraditórios (Duck-chul Lee, 2015), encontraram maiores benefícios em quem pratica a mais tempo e por mais tempo a corrida. Este mesmo estudo porém, confirma que pequenas doses já é suficiente para resultados positivos e significativos. Já outros estudos, realizados com maratonistas, indicam que a pratica de corrida em altas distâncias, pode gerar danos importantes ao miocárdio e aumento na possibilidade de perigosas arritmias (Mohlenkamp, 2008).
FONTE: Optimal Dose of Running for Longevity. Is More Better or Worse? - JOURNAL OF THE AMERICAN COLLEG E OF CARDIOLOGY - VOL . 6 5 , N°. 5 , 2 0 1 5
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