quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Fratura de Escafóide

A fratura de escafóide é a mais frequente que acomete os ossos do carpo. Faz parte da fileira proximal dos ossos carpais juntamente com o semilunar e piramidal. Uma segunda fileira de ossos, a fileira distal, é composta pelos ossos trapézio, trapezóide, capitato e hamato. A articulação entre estas duas fileiras é a articulação mediocarpal. A flexão do punho começa nesta articulação sendo responsável por 60% do arco  de flexão, onde o movimento do escafóide e do semilunar com o rádio é responsável por 40% deste total. Todos estes ossos se movimentam através do deslizamento. A extensão do punho também se inicia na articulação mediocarpal com participação também importante do osso escafóide.
O mecanismo causador da fratura está relacionado com as quedas sobre a mão com o braço estendido e o punho em hiperextensão.
Não é fácil fazer o diagnóstico pois a fratura inicialmente não é muito visível, podendo ser confundidas com torções do punho. Após duas semanas, as fraturas serão facilmente visualizadas devido à absorção óssea no foco fraturário. Fraturas que não consolidam até o terceiro mês podem ser consideradas uma pseudoartrose. Além da pseudoartrose, a necrose do polo proximal e a presença do polo proximal pequeno, são as principais complicações.
Diante da suspeita de fratura do escafóide, o correto é imobilizar até que novos exames confirmem ou excluam a fratura. Fratura sem desvio, a imobilização é de mínimo 40 dias, com desvio ou luxação o procedimento é cirúrgico, com redução imediata e fixação com parafusos e fios de Kirschner.
O tratamento fisioterapêutico inicialmente visa a redução do edema e da dor. O arsenal para isto é vasto. O importante é uma boa avaliação de ADM e força musculares, além de um bom entendimento da cinesiologia do punho e da importância do escafóide neste movimentos. A opção por um tratamento conservador pode levar a um desalinhamento articular importante o que impossibilita a recuperação total. 
É fundamental que o Fisioterapeuta, através de exames radiográficos, acompanhem a evolução e evitem a pseudoartrose, que gera complicações importantes para o sucesso do tratamento. Suspeitem de situações onde o paciente não responde satisfatoriamente ao tratamento, relatando dor constante ou que aumenta com os movimentos do punho e edema persistente.

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