quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Segundo a OMS a osteartrose (OA) é a quarta causa de incapacidade mais importante entre as mulheres e a oitava entre os homens, tendo grande impacto nas articulações do joelho e quadril. Dos idosos acima de 65 anos, 17 a 30% são acometidos pela osteartrose de joelho (gonartrose) (ARDEN,2006). Os fatores de risco para o desenvolvimento são a idade, excesso de peso, alterações biomecânicas, processos inflamatórios articulares e excesso de esforço (BRANDT,2009), que leva aos portadores uma incapacidade funcional e dor. Os indivíduos com OA apresentam fraqueza muscular podendo estar associado com atrofia, dor e edema (O'REILLY,1998).
Com o objetivo de verificar a existência de correlação entre o desempenho muscular de extensores e flexores do joelho e os domínios dor, rigidez e funcionalidade do Questionário Western Ontario and McMaster Universities Osteoarthritis Index (WOMAC) foram recrutadas 80 idosas com idade igual ou maior que 65 anos com diagnóstico de OA de joelho segundo critérios clínicos e radiográficos do American College of Rheumatology (1998).
Força, resistência e equilíbrio musculares foram avaliados por meio do dinamômetro isocinético Biodex System 3 Pro, nas velocidades angulares de 60º/s e 180º/s; a funcionalidade, presença de dor e rigidez foram avaliadas pelo questionário WOMAC.  O WOMAC é um instrumento válido e confiável composto por 24 questões divididos em 3 domínios: dor, rigidez e funcionalidade.
Resultados
Houve uma correlação inversa significativa entre a força e resistência musculares avaliadas pelo o pico de torque/massa corporal do quadríceps (QUA) e isquiossurais (IQS) nas velocidades de 60º/s e 180°/s, respectivamente, e na relação de equilíbrio muscular IQS/QUA a 180°/s com todos os domínios do WOMAC e o escore global do instrumento (p<0.05). Estes resultados apontam para a necessidade de elaboração de um programa de fortalecimento e aumento da resistência muscular nos pacientes com OA de joelho, com o objetivo de melhorar a capacidade funcional. O estudo também mostrou a importância do trabalho conjunto dos músculos QUA E IQS para reestabelecer o equilíbrio muscular perdidos com a patologia.
Os autores chamam a atenção para a necessidade de um acompanhamento multidisciplinar destes pacientes para o controle do peso corporal, pois o tratamento fisioterápico não terá efeito com o excesso de sobrecarga articular.

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